Tailândia constrói uma das maiores centrais solares fotovoltaicas do mundo



A Tailândia está a construir uma das maiores centrais solares fotovoltaicas flutuantes do mundo. O projeto, que está em fase de conclusão, vai permitir aumentar a produção de energia renovável, depois de anos de críticas ao país pela dependência dos combustíveis fósseis, sobretudo o carvão. Ao todo, serão instalados mais de 144 mil painéis solares.
A construção da central solar fotovoltaica flutuante começou em novembro do ano passado, numa das maiores barragens hidroelétricas do país. O objetivo da Tailândia é garantir que, em 2037, 35% da energia tenha origem em fontes renováveis.
A Autoridade Estatal de Geração de Energia Eléctrica da Tailândia (EGAT) está a apresentar a empreitada, ainda em fase-piloto, como um dos maiores projectos híbridos de energia hídrica e solar do mundo e pretende replicá-lo em mais oito barragens ao longo dos próximos 16 anos.

“Quando todos os projectos estiverem concluídos em todas as barragens, teremos capacidade total para gerar 2725 megawatts”, referiu o chefe de projecto, Chanin Saleechan, citado pela Reuters.

Há muito que a Tailândia depende do carvão para a produção de energia, mas os planos para novos projectos dependentes do carvão têm sido recebidos com resistência, devido aos riscos sanitários e ambientais, levando mesmo a que, em 2018, se abandonasse a ideia de erigir duas centrais a carvão no Sul do país.

O objectivo é conseguir obter 35% da energia de combustíveis não fósseis até 2037, de acordo com o mais recente Plano de Desenvolvimento de Energia.

A energia produzida a partir de painéis solares instalados em estruturas flutuantes, como albufeiras ou lagos, é uma tecnologia em desenvolvimento em vários países e com forte potencial para a produção de energia limpa, principalmente em zonas onde há escassez de terrenos disponíveis para instalar centrais solares.

À escala global, esta tecnologia está a ganhar dimensão. Em 2015, a capacidade de energia solar flutuante era de apenas 10 MW, mas acelerou significativamente nos últimos anos – no final de 2020 já somava 2 GW e, até 2025, a estimativa é de que os projetos de solar flutuante possam atingir uma capacidade total de 10 GW.





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