Tal como nós, as mães golfinho também “cantam” para as crias quando estão grávidas



É práctica comum entre grávidas, cantar pequenas músicas de embalar para o bebé que vem a caminho. É uma forma de criar laços, de estabelecer uma ligação única entre a mãe e a criança. E ao que parece, este momento entre mãe e cria é também habitual no mundo animal, com estudos a indicar que os golfinhos comunicam com a cria, mesmo ainda no ventre, tal como acontece com os humanos.

Uma pesquisa agora conhecida sugere que as mães golfinho têm um apito específico, quase como o “som assinatura” para as suas crias mesmo antes de nascerem, sons que continuam a emitir durante algumas semanas depois do nascimento. Tal como os humanos, estes sons individuais ajudam a cria a identificar a progenitora.

Os investigadores reuniram mais de 80 horas de gravações dos dois meses antes do nascimento, bem como os dois meses seguintes ao parto. Mira, um golfinho bebé, a sua mãe de nove anos, e os restantes cinco golfinhos do grupo foram as “cobaias” neste estudo, que teve lugar no Six Flags Discovery Kingdom em Vallejo, California. “Assim podíamos perceber se os sons eram exclusivos, se a comunicação era apenas entre e mãe e o golfinho bebé”, avança Audra Ames do Marine Mammal Behavior and Cognition Lab, na Universidade do Sul do Mississippi.

Eles descobriram que os sons emitidos pela mãe se intensificaram bastante antes do nascimento do golfinho, e continuaram até cerca de duas semanas depois da cria nascer. Curiosamente, o estudo mostra ainda que durante as duas últimas semanas de gestação da golfinho-mãe, o grupo ficou bastante mais calmo, naquilo que parece ser um esforço consciente do grupo para não confundir o bebé com a constante emissão de sons, deixando assim o golfinho recém-nascido reconhecer a mãe mais facilmente.





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