Tartaruga resgatada em Espanha tinha plástico português no estômago

No dia 6 de março a tartaruga “Nanín” foi resgatada pela organização espanhola CEMMAcetaceos – Coordinadora para o Estudio dos Mamíferos Mariños.

Após uma semana em reabilitação no Centro, o animal começou a defecar pequenas partes de plástico, entre elas um agora identificado como sendo possivelmente de um gelado. Lê-se no plástico “Agora ainda mais cremoso”, algo comum nas embalagens dos gelados portugueses “Super-maxi” ou “Perna de pau”, como identifica a bióloga Ana Pêgo na sua página de facebook Plasticus maritimus.

A incorreta deposição de resíduos é um problema já há muito tempo levantado pelos especialistas, dado que, em grande parte das vezes, estes acabam por ir parar à natureza. Sendo o plástico um material produzido para durar a longo prazo, leva vários anos para se degradar – por vezes até mais de 400 anos – , o que faz dele um risco ainda maior. No caso dos oceanos, como cita a Associação Portuguesa do Lixo Marinho, o lixo é composto em 70% por plástico.

Ao ingerirem os fragmentos de plástico pensando ser comida, os animais acabam por morrer. Devemos por isso fazer a nossa parte e ajudar a preservar os ecossistemas e as espécies, reciclando os nossos resíduos e apoiando medidas que impulsionem a redução do plástico em todos os setores. Só assim é possível salvar espécies como a Nanín.