Tatuagens fluorescentes podem vir a ajudar os diabéticos
As tatuagens podem vir a deixar de funcionar unicamente como uma forma de expressão e criatividade. De acordo com os cientistas do Draper Laboratory, os médicos poderão vir a prescrever tatuagens semipermanentes, como forma não invasiva de os diabéticos manterem o controlo sobre os seus níveis de glicose.
A tinta prescritiva, composta por nano partículas que são injectadas na pele, responde à glicose na corrente sanguínea por fluorescência. Um diabético poderá então determinar se necessita ou não de uma injecção de insulina, sem ser preciso picar o dedo para obter tal informação.
Ficar clinicamente tatuado envolverá o uso de uma longa agulha que preencherá as camadas superficiais da pele com nano sensores amarelos alaranjados que desaparecem com o tempo, explica o Ecouterre. Cada sensor, que mede cerca de 100 nanómetros de diâmetro, é composto por vários agentes químicos sensíveis dentro de um polímero fluorescente plastificado.
Uma vez no interior da pele, a molécula do sensor liga-se ao alvo químico – neste caso, a glicose – e acende-se. À medida que aumenta a concentração de glicose, o mesmo acontece com o nível de fluorescência da “tatuagem”, que pode ser lida através de um leitor portátil.
No futuro, este tipo de detecção pode ser usado para monitorizar os níveis de potássio, sódio e cloreto, para prever os níveis de desidratação nos atletas e soldados, por exemplo.
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