Terceira maior cidade do Quénia é um campo de refugiados
Quando Halima Abdi fugiu da guerra civil da Somália, com a filha pequena, para o campo de refugiados de Dadaab, no Quénia, pensou que a sua estadia no local ser reduzida. Vinte e cinco anos depois, a sua bisneta Mihiyo deu à luz o quarto filho, que pertence à terceira geração de refugiados de uma única família.
Tal como Halima e Mihiyo, outros 350.000 somalis são forçados a permanecer e a chamar casa a este campo de poeira. “Os meus pais passaram aqui a sua vida toda. Só conhecemos Dadaab, embora sejamos quenianos”, explicou a jovem ao site IRIN.
O campo de refugiados de Dadaab foi construído para albergar 90.000 refugiados, temporariamente, depois destes fugirem da guerra civil da Somália. Hoje, o campo é a terceira maior “cidade” do Quénia, a seguir a Nairobi e Mombassa – segundo o ACNUR, Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, vivem em Dadaab cerca de 350.000 pessoas – dados de Outubro de 2015. Assim, este é o maior campo de refugiados do mundo.
Uma das principais razões para que Dadaab tenha crescido tanto, avança o IRIN, tem como pano de fundo a proibição destes saírem do extenso terreno, devido a potenciais conflitos com a comunidade local.
Controlado pelo Governo queniano e pelo ACNUR, os cinco campos da cidade – Dagahaley, Hagadera, Ifo, Ifo II e Kambioos – são liderados por voluntários eleitos democraticamente na comunidade. “Trabalhamos em conjunto com agências humanitárias e desenvolvemos um sistema em que coordenamos todas as actividades dos campos, desde o saneamento básico até à segurança”, explicou Rukia Ali Rage, presidente do campo de Ifo.
Foto: DFID – UK Department for International Development / Bjørn Heidenstrøm / Oxfam East Africa / Department of Foreign Affairs and Trade / globalhealthcsis / Sodexo USA
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