Tetracheilostoma carlae: a cobra mais pequena do mundo
Quando pensamos em cobras não imaginamos cobras mais pequenas que as nossas mãos, ou que se podem confundir com minhocas. Esta cobra é exactamente assim.
Estas pequenas cobras, endémicas dos Barbados, vivem nas ilhas de Antígua e Barbuda. Conhecida como Tetracheilostoma carlae na literatura científica, foi identificada pela primeira vez como uma espécie separada em 2008.
O herpetologista da Universidade Estadual da Pensilvânia, EUA, Stephen Blair Hedges, nomeou a nova espécie de cobra em homenagem à sua esposa, Carla Ann Hass.
Estas cobras de Barbados são incrivelmente pequenas. Na verdade, os cientistas pensam que se estas cobras fossem menores, elas não seriam capazes de encontrar qualquer alimento e simplesmente desapareceriam. O comprimento médio da serpente Tetracheilostoma carlae é de cerca de 10 cm.
O maior espécime encontrado tinha 10,4 cm de comprimento, já no seu estado adulto. Estas cobras geralmente pesam apenas 0,6 g. O que é um grande problema quando se trata de sobrevivência. A Tetracheilostoma carlae alimenta-se principalmente de larvas de formigas, e, provavelmente de mais algumas coisas que ainda não foram identificadas.
Como estas cobras foram identificadas há pouco mais de uma década ainda há muito desconhecimento em relação à espécie. Por exemplo, Barbados já não tem floresta natural e não sabemos como isso afeta essas pequenas cobras.
No entanto sabemos que são ovíparos – colocam ovos para se reproduzir. Os ovos são bastante grandes, comparados com o tamanho da cobra. Estas pequenas cobras de Barbados põem apenas um ovo de cada vez e sua prole é relativamente grande, o que é normal para cobras pequenas.
Enquanto a prole das cobras maiores tem apenas um décimo do comprimento de um adulto, as cobras menores nascem com metade do comprimento de um adulto.
A melhor maneira de preservar estas minúsculas cobras seria preservar o seu habitat e as principais fontes de alimento, deixando-as em liberdade. Contudo, os cientistas querem investigá-las para que tenhamos informações mais úteis, o que também ajudaria a protegê-las.