The Economist diz que Rio Tietê (São Paulo) está a caminho da despoluição
Um dos cartões-de-visita mais infelizes de São Paulo, Brasil, é o Rio Tietê, que atravessa os 1.010 quilómetros do estado paulista. Conhecido, sobretudo, pelo seu aspecto “sujo e fedorento”, o rio estará a caminhar para a despoluição, de acordo com o insuspeito The Economist.
Explica o The Economist que em 1990 um programa de rádio brasileiro comparou o Tietê ao próprio Tamisa, de Londres… de meados do século XIX, quando todos os resíduos eram atirados ao rio. A partir daí, a opinião pública uniu-se num desafio comum, limpar o rio.
Num tom optimista, o The Economist fala de todas as políticas de despoluição adoptadas pelo Governo paulista nas últimas duas décadas e relembra que, nos anos 90, o rio recebia os resíduos de 33 mil fábricas e 13 milhões de pessoas – sendo que 4/5 não recebia qualquer tratamento.
Em 1992, com o programa de despoluição lançado pelo Governo de São Paulo, a situação lentamente modificou-se, ainda que hoje o rio ainda seja “fedorento e sujo”. O The Economist explica que, até 2010, Guarulhos não tratava uma gota dos seus esgotos. Guarulhos, como se sabe, tem uma população de 1,2 milhões de habitantes (três vezes a população do Luxemburgo, por exemplo)
De acordo com a reportagem, porém, 55% do esgoto da cidade é hoje tratado: em 2018, este número subirá para os 85%.
Leia a reportagem do The Economist.
Finalmente, a revista realçar o trabalho de limpeza realizado em 100 afluentes do rio, a construção de áreas de recreio, a plantação de árvores e a criação de uma ciclovia nas margens do Tietê.