Torres Vedras com recolha de biorresíduos junto da população da cidade



Os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Torres Vedras iniciaram a recolha de biorresíduos junto da população da cidade, onde pretendem concluir até julho a instalação de contentores, foi hoje explicado à agência Lusa.

A 15 de fevereiro, os SMAS iniciaram a recolha de biorresíduos junto dos clientes domésticos da cidade e urbanizações do Casal da Paródia, Varandas de Arenes e Jardim de Arenes, contando até à data com 2.262 famílias aderentes, segundo esclarecimentos por escrito solicitados pela agência Lusa.

A recolha junto dos clientes domésticos é feita por proximidade em contentores na via pública, com controlo de acessos e identificação do utilizador: os aderentes recebem um balde de 10 litros e um cartão magnético de acesso ao contentor colocado na via pública, beneficiando de um desconto de um euro.

Dos 83 mil habitantes deste concelho do distrito de Lisboa, mais de 20 mil vivem na cidade.

Para os clientes industriais, a recolha arrancou já no final de outubro, com recolha porta a porta junto a estabelecimentos de restauração, hotéis, empresas fornecedoras de refeições escolares, mercados e cantinas.

Os clientes aderentes têm um desconto na tarifa de resíduos urbanos de 1 euro/30 dias, para os domésticos, e 2,5 euros/ 30 dias, para os não domésticos.

Até à data, foram instalados 90 contentores para recolha porta a porta quatro contentores duplos nos mercados municipais (Torres Vedras, Silveira, Ramalhal e Campelos) e 67 contentores de 360 litros na via pública.

Desde o arranque da recolha, foram realizados 90 circuitos de recolha e recolhidas 111 toneladas de resíduos alimentares.

Os SMAS esperam “até ao mês de julho” concluir a instalação de contentores de biorresíduos na cidade, com mais 138 contentores de 240 litros para a recolha porta a porta dos clientes industriais, quatro contentores duplos de 360 litros nos mercados municipais e 134 contentores de 360 litros na via pública, acrescidos de 7.000 baldes de 10 litros para a população.

“A meta expectável, com o sistema a funcionar na sua totalidade, será a recolha anual de 2.232 toneladas de biorresíduos”, cerca de 15% do total de resíduos urbanos biodegradáveis do concelho, adiantaram os SMAS.

O programa TORRES VEDRAS + BIO é um investimento de 675 mil euros, financiado em mais de metade por fundos comunitários destinados à recolha seletiva e valorização de biorresíduos.

O projeto visa valorizar os biorresíduos e reduzir as descargas em aterro de resíduos urbanos indiferenciados, que é de 50,80 euros por tonelada.

Em 2023, os custos com a deposição de resíduos indiferenciados em aterro foi de quase dois milhões de euros.

O programa insere-se na estratégia municipal de “assegurar o desvio na origem e a recolha seletiva de biorresíduos, dando continuidade aos projetos de incentivo à compostagem doméstica e comunitária, aos quais já aderiram mais de 1.350 munícipes e 25 escolas e instituições”.

Para a recolha seletiva dos biorresíduos são aceites os restos da preparação das refeições e as sobras de alimentos, como por exemplo, cascas de frutas ou legumes, sobras de peixe, carne ou pão.

No resto do concelho, os SMAS apostam na compostagem doméstica e comunitária, remetendo para uma segunda fase a recolha de biorresíduos.





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