Trabalhos de remoção do navio encalhado nas Maurícias começam hoje



Os trabalhos de remoção de duas partes do navio japonês que encalhou, partiu-se em dois e derramou toneladas de petróleo na costa das Ilhas Maurícias começam hoje, anunciaram agências internacionais.

De acordo com a agência de notícias Associated Press, os navios rebocadores vão puxar a proa para o mar e deixá-la afundar-se, enquanto o resto do navio será arrastado para fora do recife de coral onde encalhou e deverá ser restaurado na Índia.

Estima-se que mil toneladas de petróleo da carga do navio japonês de quatro mil toneladas já tenha escapado para o mar, segundo as autoridades.

O primeiro-ministro, Pravind Jugnauth, declarou na semana passada o estado de emergência e apelou à ajuda internacional, adiantando que o derrame “representa um perigo” para o país de 1,3 milhões de pessoas que depende fortemente do turismo e foi já fortemente prejudicado pelas restrições de viagem causadas pela pandemia de covid-19.

Imagens de satélite mostravam uma mancha escura a alastrar nas águas turquesa perto de zonas húmidas classificadas de “muito sensíveis” do ponto de vista ambiental.

Hoje, as barreiras petrolíferas já tinham sido colocadas e um navio estava preparado para recolher o combustível.

O Governo das Maurícias fechou a zona costeira da parte oriental da ilha, onde milhares de voluntários civis trabalharam durante dias para tentar minimizar os danos na lagoa de Mahebourg e proteger as zonas húmidas marinhas poluídas pelo combustível derramado.

O navio “Wakasio” encalhou num recife de coral em 25 de julho, na sequência da existência de fortes ondas no local, que fizeram o navio estalar e começar a derramar óleo em 06 de agosto.

O navio derramou mais de 1.000 toneladas da sua carga total de 4.000 toneladas de combustível nas águas turquesas da Lagoa de Mahebourg, uma das zonas costeiras mais virgens da ilha fortemente dependente do turismo.

Depois de o Governo ter declarado uma emergência ambiental, milhares de voluntários acorreram à costa para criar barreiras improvisadas a partir de túneis de tecido recheados com folhas de cana de açúcar e até cabelo humano, com garrafas de plástico vazias enfiadas para as manter a flutuar.





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