Tráfico de madeira ilegal vale entre €23 e €77 mil milhões por ano
Entre 50 e 90% do corte de árvores nos principais países tropicais da Amazónia, África Central e Sudoeste Asiático é ilegal, sendo que, em termos globais, esta percentagem estará entre os 15 e os 30%.
De acordo com um novo estudo do Programa Ambiental das Nações Unidas (UNEP) e da Interpol, a desflorestação é responsável por 17% de todas as emissões de CO2 emitidas pelo homem – 50% mais que os navios, indústria da aviação e transportes terrestres juntos.
O estudo revela que o comércio ilegal de madeira vale, todos os anos, entre 23,2 mil milhões (R$61 mil milhões) e €77,6 mil milhões (R$203 mil milhões). Ainda de acordo com a Interpol, estes crimes estão ligados a outros: assassínios, violência e atrocidades perante povos indígenas.
“Financiar uma melhor gestão das florestas é uma enorme oportunidade não só para trabalharmos as alterações climáticas mas também para reduzir as taxas de desflorestação, melhorar o fornecimento de água, reduzir a erosão do solo e gerar suficientes empregos verdes”, explicou o director-executivo da UNEP e subsecretário-geral das Nações Unidas, Achim Steiner.
Segundo a Interpol, para além de um crime ambiental, este tráfico estará associado a falsificação de permissões para desflorestação ou subornos para obter esta permissão.
Leia o relatório na íntegra (em inglês).