Transportar os rinocerontes de patas para o ar pode ser mesmo o melhor método de os salvar
Os rinocerontes negros são animais que estão indicados na Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza (UICN) como ameaçados de extinção. Ao longo dos anos têm se desenvolvido vários esforços para potenciar o aumento da sua população, e a verdade é que os resultados estão a ser positivos.
Como indica a UICN, “Uma subespécie do rinoceronte negro, o rinoceronte negro do sudoeste (D. b. Bicornis) – anteriormente avaliado como vulnerável – viu um crescimento populacional suficiente nas últimas três gerações para ser novamente classificado como quase ameaçado”. No entanto, a Organização alerta que esta e outras subespécies “continuam dependentes de esforços contínuos de conservação”.
É neste contexto que surge a necessidade de movimentar os rinocerontes para outras áreas mais seguras, onde possam ser protegidos e aumentar o alcance da espécie. Os especialistas têm vindo a tentar perceber se a melhor opção de os transportar seria por terra ou por helicóptero – uma opção unânime em áreas remotas difíceis de alcançar em veículos.
Um novo estudo da Cornell University College of Veterinary Medicine que indica que, transportar os animais por helicóptero de pernas para o ar, é realmente a melhor opção.
A equipa analisou o efeito que os tranquilizantes e o corpo do animal pendurado de cabeça para baixo durante o voo, teriam na saúde do mesmo. Em simultâneo, compararam com a opção de colocar o animal deitado de lado e transportá-lo num trenó.
“Pendurar rinocerontes de cabeça para baixo realmente melhorou a ventilação (embora em um pequeno grau) em relação aos rinocerontes deitados de lado”.“Embora isto fosse inesperado e as margens sejam pequenas, qualquer melhoria incremental na fisiologia ajuda a aumentar a segurança do rinoceronte negro durante a captura e a anestesia”, explica Robin Radcliffe, um dos autores do estudo.
Os cientistas procuram agora investigar por quanto é que é seguro transportar o animal durante o voo. Este aspeto é essencial para se calcular as distâncias entre a área onde os rinocerontes se encontram e o destino. “Agora que sabemos que é seguro pendurar rinocerontes de cabeça para baixo por curtos períodos de tempo, gostaríamos de nos certificar de que períodos mais longos também sejam seguros.”