Transportes públicos para todos e muitas zonas verdes: assim é a auto-estrada do futuro



Quando as cidades pensam em formas de tornar as suas autoestradas mais eficientes, normalmente optam por acrescentar faixas às estradas, o que se tem revelado um erro crasso, já que isso acaba por aumentar ainda mais o tráfego existente. Uma equipa de arquitectos chineses está empenhada em contrariar este conceito, ao afirmar que a solução está em encolher as autoestradas e torná-las locais com mais utilidade que apenas a passagem de carros do ponto A para o ponto B.

No projecto, há quatro faixas de rodagem, mas todas estão cobertas por túneis para controlar a poluição atmosférica. Estes túneis aparecem construídos num patamar superior, o que permite que os espaços por baixo tenham outras utilidades, tal como espaços verdes e escritórios.

Fruto de uma parceria entre a Avoid Obvious Architects e a Tetra Architects, este protótipo defende a ideia de que com estas mudanças, principalmente com as faixas de rodagem cobertas, os espaços em redor ficarão mais limpos, sendo assim possível um maior e melhor aproveitamento dos espaços circundantes.

Esta autoestrada está a ser pensada para se fundir com os edifícios em redor, abrindo espaço para locais verdes e fácil acesso aos peões a novas e melhores estações de metro e autocarros. Por cima da estrada, há ainda espaço para pistas exclusivas para drones, numa clara aposta deste dispositivo como um meio de transporte do futuro.

“Uma maneira de reduzir o tráfego, além de veículos sem condutor, é mudar de forma drástica o modo como as entregas de mercadorias são feitas nas grandes cidades. Actualmente, grande parte do tráfego na autoestrada é provocado por camiões a fazer entregas”, diz Vicky Chan, autor do projecto. Para os responsáveis deste modelo muitas destas entregas poderiam facilmente ser feitas por drones, daí a inclusão de faixas exclusivas para este aparelho.

A proposta, incluída numa competição para encontrar modelos mais verdes e sustentáveis para a cidade de Shenzhen, é ainda uma utopia. Mas para os arquitectos responsáveis, esta ideia é um modelo a seguir no objectivo de transformar as cidades chinesas, consumidas por poluição, em locais mais agradáveis e acima de tudo sustentáveis.

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