Trends 2021: Estas são as tendências de inovação mais recentes do setor agroalimentar
Realizou-se hoje a 10ª edição do evento Trends (Novas tendências, em português), intitulado “Trends 2021”, no qual a PortugalFoods deu a conhecer as tendências de inovação para o setor agroalimentar em 2021.
A PortugalFoods é uma associação do setor agroalimentar constituída por mais de 150 associados, entre eles empresas do setor da produção, serviços e entidades do sistema científico. Como explica Ana Gomes, do conselho de Administração PortugalFoods, esta é uma “plataforma que fomenta instituições de ganho mutuo entre os seus associados”, e que “tem como objetivo a produção e a partilha de conhecimento como suporte à inovação e à internacionalização, contribuindo para a competitividade e para a sustentabilidade do setor agroalimentar funcional”.
O Trends 2021 revelou as tendências mais recentes do setor a nível mundial, realçando a importância também da relação entre o mercado e o laboratório no futuro de desenvolvimento de novos produtos.
David Faulkner, Diretor da Mintel Food & Drink – empresa que analisa a nível mundial os mercados, o lançamento de produtos alimentares e a preferência dos consumidores – deu a conhecer as principais tendências para este ano. Como não poderia deixar de ser, a Covid-19 foi considerada um fator de mudança no setor, alterando a forma com os consumidores comprar produtos e as suas preferências. A empatia entre empresas e consumidores foi o ponto chave apontado como necessário para o futuro.
David Faulkner explicou que as empresas irão focar-se em soluções de bem-estar mental, corresponder às novas necessidades de valor e usar marcas que celebrem a identidade das pessoas. Assim, os três pontos destacados foram o “bem-estar mental: Alimentar a mente”, o “valor: a qualidade redefinida” e a “identidade: unidos pela comida”. O primeiro ponto assenta na necessidade que os consumidores passaram a ter em focar-se no seu bem estar emocional e mental, e na sua procura por produtos que contribuam para o mesmo. O segundo ponto, refere-se à recuperação do período pandémico, que levou as pessoas a rever as suas prioridades, procurando produtos que poupem tempo, um preço justificativo e justo. O terceiro ponto, fala da obrigação que a indústria terá de unir as pessoas para fidelizar os clientes.
De momento, os consumidores pretendem começar a ter uma dieta mais nutritiva, a preparar mais refeições em casa, a fazer e beber mais café em casa. Começaram a criar uma ligação entre os ingredientes e a saúde mental, a procurar mais refeições baseadas numa dieta à base de plantas.
O que se espera no mercado, é que a tecnologia facilite os consumidores a terem uma dieta mais saudável, especialmente através da Apps, que as marcas criem uma ligação emocional com o consumidor através da produção ou da embalagem dos produtos e que comecem a operar com mais valores sustentáveis, e que invistam em ingredientes ligados à saúde mental. Os consumidores vão passar a exigir produtos certificados relativamente às emissões de carbono.
A longo prazo, no futuro, espera-se que os produtos sejam dirigidos à ansiedade climática e ao bem-estar mental das crianças, e que a comida e bebida ajudem os consumidores a fazer parte da mudança que eles querem ver no mundo.