Trotinete eléctrica: o passado reescreve-se 100 anos depois



A mulher que vemos a andar de trotinete eléctrica, nesta foto de 1916, é Florence Priscilla, activista britânica pelo sufrágio feminino e socialite londrina, que costumava passear pelo centro da cidade com este meio de transporte.

Florence, mulher de Sir Henry Norman, recebeu esta trotinete de presente de aniversário, esta foi uma das primeiras trotinetes com motor eléctrico do Reino Unido. Na verdade, há mais de 100 anos que as trotinetes eléctricas existem – veículos com uma placa plana sobre rodas, com uma longa alça na frente e impulsionados pelo pé – mas elas eram, originalmente, vendidas como brinquedos para crianças.

Fabricadas em Nova Iorque e na Alemanha – pela Krupps – as trotinetes eléctricas foram inicialmente testadas pelo serviço postal norte-americano, como forma de transporte rápido para envio urgente de encomendas. A trotinete dobrável teve sucesso imediato, por outro lado, junto dos gangs nova-iorquinos, que as usavam para fugir da polícia por becos estreitos.

Durante toda a década de 10 do século passado, outros fabricantes desenvolveram veículos idênticos: a ABC Motorcycles produziu a Skootamota, que tinha uma velocidade de 24 km/h; e a The Gloster Aircraft Company lançou a Reynolds Runabout em 1919, seguida da Unibus em 1920 – esta última era promovida como um “carro em duas rodas”.

Muitos destes designs eram instáveis, desconfortáveis e difíceis de conduzir, pelos que as duas décadas seguintes foram profícuas em refinamentos dos veículos, incluindo luzes e travões mais eficientes, mudanças e suspensões. Cem anos depois, os veículos eléctricos voltam a estar na moda.

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