Tunísia: como os dars são os novos resorts eco-sustentáveis



A tradição diz-nos que os dars eram as antigas casas das famílias nobres da Tunísia. De fora, elas não eram muito diferentes das dos outros vizinhos. Mas por dentro, a história era outra: eram luxuriosas e deslumbrantes.

Agora, estas casas estão a ser convertidas em pequenos hotéis de charme, que nos fazem regressar umas décadas e séculos atrás no tempo e, paralelamente, são autênticos redutos de sustentabilidade.

Os dars são a resposta tunisina aos riads marroquinos: grandes mansões e casas recuperadas e reconvertidas para fins turísticos. E com a sustentabilidade sempre em primeiro plano.

A entrada nestas casas é discreta, escondida numa velha viela. Depois de uma porta, normalmente, feita de palmeira, surge uma variedade de espaços vivos: praças, caminhos e passagens.

Segundo o The Guardian, a revolução da Primavera árabe tem deixado para segundo plano estes hotéis, que continuam low profile e sem grande marketing à volta.

Ainda assim, o jornal britânico visitou o Dar HI Hotel. São 17 quartos de três tipos: há os Pilotis, inspirados nos fortes do deserto e que são os mais altos; há as suites trogloditas, modeladas a partir das casas nas grutas bérberes e com as suas lounges circulares; e os Dune, instalados nas dunas e que ficam nos rés-do-chão do complexo.

Para além das vistas da cidade e do deserto, o restaurante oferece permite ver a cozinha. Os chefs são mulheres da vila – Nefta – e os pratos utilizam apenas ingredientes locais e vegetais que crescem no próprio hotel. Aliás, todos os colaboradores, excepto a gerente, são de Nefta.

Para além de outras credenciais sustentáveis, o Dar HI utiliza a água quente do oásis para fornecer a piscina e casas de banho. Como pode ver aqui, sete noites neste hotel podem custar mais de €1000 (R$2.650). Veja também as fotos.





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