Turbinas eólicas estão electrificar um dos maiores paraísos naturais do mundo



Um dos maiores sistemas híbridos entre energia eólica e diesel foi construído na ilha de San Cristóbal, pertencente às Galápagos, Equador. O crescimento populacional desta e de outras três ilhas habitadas das Galápagos está a pressionar as suas necessidades energéticas. “A população humana da ilha tem de ser capaz de adoptar estratégias agressivas para sobreviver num mundo pós-alterações-climáticas”, explica a Newsweek.

Assim, assegura o site, foi desenvolvido um plano para substituir a geração de electricidade a diesel. O plano já estava planeado em Janeiro de 2001, quando um petroleiro ficou preso num recife e entornou mais de 570.000 litros de diesel perto de San Cristóbal, mas a sua execução foi intensificada pelo acidente.

Com a ajuda das Nações Unidas e da Global Sustainable Electricity Partnership – da qual fazem parte 11 das maiores empresas de electricidade do mundo – o Equador desenvolveu um plano para reduzir o risco de um novo derrame de petróleo num dos locais mais protegidos do globo.

Assim, entre 2007 e 2015 foram instaladas três turbinas eólicas de 47 metros, que fornecem cerca de 30% de toda a energia consumida na ilha, substituindo 8,7 milhões de litros de diesel e evitando a emissão de 23.000 toneladas de emissões de dióxido de carbono.

A energia de San Cristóbal está agora nas mãos da Elecgalapagos, que está a expandir o projecto para converter as Galápagos num território que não utilize combustíveis fósseis. Num futuro a médio prazo, a Elecgalapagos acredita que pode obter 70% das necessidades energéticas das ilhas a partir das renováveis.

“Têm de perceber que nenhum de nós, nas Galápagos, tinha sequer visto uma turbina eólica antes de começarmos”, explicou Luis Vintimilla, equatoriano que gere o projecto no local desde o início.

E à medida que os problemas surgem, são encontradas as soluções: como ninguém do projecto se ofereceu para limpar as lâminas, devido à altura em que estas se encontram, foram contratados montanhistas profissionais para realizarem este trabalho. E segundo Vintimilla, não existem relatos de aves terem sido mortas pelas lâminas, o que é essencial para uma biodiversidade tão especial como a das Galápagos.





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