Inovação: Turbinas que flutuam e voam são o futuro da energia eólica



Turbinas que flutuam em alto mar ou, agarradas a navios e barcos, voam como um papagaio de papel, são o futuro da energia eólica. A tecnologia está a evoluir rapidamente e os investigadores já chegaram a um consenso: os sistemas eólicos que captam ventos em grande altitude são tão potentes que podem gerar energia para toda uma civilização.

Na verdade, as turbinas que flutuam em alto mar não são propriamente uma novidade recente – já falámos delas, no Green Savers, em Fevereiro de 2011. O principal projecto mundial desta tecnologia é o Hywind, uma turbina com 65 metros de altura, que flutua actualmente a 10 quilómetros do sudoeste da Noruega, no Mar do Norte.

Com uma profundidade de 200 metros, esta zona proíbe a colocação de turbinas no fundo do mar ou em torres submersíveis. A solução? Um gigantesco cilindro flutuante, mantido em posição vertical com um lastro e amarrado ao fundo do mar por uma atracação de três pontos (ver vídeo).

Colocada em 2010, a turbina já gerou 15MWh de energia, tendo sobrevivido, até agora, ao bater das ondas e força dos ventos. Se continuar a fazê-lo, abre todo um novo mercado para as plataformas de energia eólica offshore, que estão em rápido crescimento e asseguram ventos de maior velocidade.

Outra das tecnologias eólicas ainda em experimentação são os chamados sistemas aerotransportados. Ainda que estejam numa fase inicial, estes sistemas poderão, caso sejam bem sucedidos, captar ventos mais fortes e, assim, armazenar suficiente energia para electrificar toda uma civilização, como contou o cientista climático Ken Caldeira, da Universidade de Stanford, ao The Guardian.

A empresa alemã SkySails partiu da experiência adquirida em desenvolver uma espécie de papagaio de papel gigantesco para os navios de carga – ou até para iates, como pode ver na foto que ilustra este artigo -, para conceber sistemas de energia eólica offshore, que geram electricidade à medida que este parapente puxa o cabo de um tambor. Este sistema repete-se várias vezes durante uma viagem, podendo armazenar uma grande quantidade de energia.





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