UE pode reciclar o dobro dos resíduos urbanos e electrónicos, diz Agência Europeia do Ambiente



De acordo com um relatório da AEA publicado esta semana, no caso dos chamados resíduos sólidos urbanos, os países membros da União Europeia poderiam aumentar a taxa de reciclagem de 43 para 80%, ou seja, de 126 milhões para 237 milhões de toneladas, especialmente no caso de alimentos, plásticos e têxteis.

Também no caso dos detritos provenientes do setor da construção a taxa de reciclagem poderia aumentar 30%, indica a mesma agência no seu relatório.

Para o lixo electrónico, o relatório prevê possibilidades de duplicar os 3,8 milhões de toneladas recolhidos em 2017, passando de uma taxa de reciclagem de 31 para 75%.

A Agência Europeia do Ambiente destaca que a legislação comunitária atual já estabelece metas ambiciosas de reciclagem até 2035, mas considera que a recolha mais frequente e seletiva de resíduos, regimes de maior responsabilidade dos produtores e práticas de demolição seletiva podem aumentar o potencial.

Aspectos como a presença de materiais não recicláveis ​​nos fluxos de resíduos, o aumento do custo da reciclagem seletiva e as dificuldades dos consumidores em distinguir e separar corretamente os materiais em produtos complexos impedem o aumento da taxa de reciclagem.

Por conseguinte, a AEA salienta que é necessário promover medidas complementares para melhorar a economia da reciclagem, eliminar substâncias perigosas dos produtos e utilizar os conceitos de “projetos para reciclar”.

Os cálculos da AEA baseiam-se nos dados mais recentes disponíveis e no estado atual da legislação comunitária, mas não nas medidas incluídas no plano de ação para a economia circular do novo Acordo Verde Europeu, o que poderia aumentar ainda mais o potencial de reciclagem.





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