Uma das maiores prisões do Uganda sem água há quase duas semanas



Uma das maiores prisões do Uganda está sem água há quase duas semanas, por as autoridades não terem pago faturas no valor de mais de quatro milhões de euros, informaram ontem responsáveis do estabelecimento prisional.

A prisão de segurança máxima de Luzira, nos arredores da capital do país, Kampala, tem mais de 8.000 reclusos masculinos e femininos e cerca de 2.600 funcionários, de acordo com registos oficiais.

No passado dia 13 de agosto, a companhia nacional de água “cortou os serviços de água ao complexo penitenciário de Luzira devido a faturas de água não pagas” no valor de 4,8 milhões de dólares (cerca de 4,2 milhões de euros), afirmou hoje o porta-voz dos serviços penitenciários do Uganda, Frank Baine, sem especificar há quanto tempo as dívidas estavam pendentes.

Neste momento, estão em curso negociações entre os serviços penitenciários, os Ministérios das Finanças e do Planeamento e Desenvolvimento Económico e a empresa de águas.

Frank Baine salientou que a prisão está agora dependente do abastecimento de água por tanques transportados em camiões.

Esta situação provocou a ira da oposição, descrevendo a situação como uma “vergonha nacional”, neste país africano da região dos Grandes Lagos, governado com mão de ferro desde 1986 por Yoweri Museveni.

A prisão de Luzira, construída pelos britânicos na década de 1920, encontra-se em estado de degradação há muitos anos e já está em discussão a sua transferência para fora da capital.

Esta não é a primeira vez que os reclusos desta prisão ficam sem água. Em 2017, a imprensa local noticiou que o abastecimento de água tinha sido cortado, também devido a contas por pagar.





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