Uma interligação eléctrica submarina que liga Portugal e Marrocos está a ser estudada
Uma interligação eléctrica submarina que ligaria Portugal e Marrocos é a proposta em cima da mesa para unir os dois continentes, avançou hoje Jorge Seguro Sanches, secretário de Estado da Energia, no âmbito da Cimeira do Clima (COP22) a acontecer em Marraquexe.
Ainda em fase de estudo, o projecto teria o potencial para ser um importante elo de ligação na produção de energias renováveis entre a Europa e África. “Estamos a trabalhar com Marrocos numa ligação eléctrica entre os dois continentes. É dessa forma que o mundo tem de olhar na sua relação complementar, onde podemos produzir e consumir energia “, argumentou Jorge Seguro Sanches.
Com planos para avançar com o concurso em 2017, o projecto ligaria Portugal com a sua produção de energia a partir de fontes hídricas e eólicas, e Marrocos, casa da maior central solar do mundo.
Para o secretário de Estado o futuro passa pela “gestão da electricidade e com a capacidade de interligações”, sendo para isso necessárias redes eficazes e eficientes. A interligação entre os dois continentes seria feita através de um cabo submarino de 01 Gigawatt.
Para já o projecto está em fase de estudo, não havendo ainda uma previsão dos custos. Como termo de comparação, está a ser usado uma ligação desenvolvido pela Holanda e Reino Unido, com um cabo submarino de 220 quilómetros, teve um custo de cerca de 400 milhões de euros. E é perto desse valor que o secretário de Estado da Energia acredita que será o custo desta iniciativa inovadora entre Portugal e Marrocos.
Neste momento, Portugal tem 60 por cento de energias renováveis em capacidade instalada. Segundo as metas estabelecidas para o nosso país no âmbito do Portugal 2020, o nosso país deverá alcançar 20% de quota de energia proveniente de fontes renováveis no consumo final bruto.
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