Universidade de Glasgow desenvolve nova geração de embalagens
Uma nova geração de embalagens – mais inteligente e que indica quando uma comida está estragada – está a ser desenvolvida por pesquisadores da Strathclyde University, em Glasgow.
Liderada por Andrew Mills, a equipa de investigadores está trabalhar em indicadores feitos a partir de uma espécie de plástico inteligente, que muda de cor quando a comida deixa de estar fresca.
De acordo com a BBC, os responsáveis pelo projecto, que é apoiado em 372 mil euros por um programa do Governo escocês, esperam ter “em breve um produto comercialmente viável”, que não só melhore a segurança alimentar mas também ajude a reduzir os resíduos.
O Governo britânico estima que os seus lares atirem fora, por ano, 8,3 milhões de toneladas de comida. Grande parte dela estará em bom estado. Paralelamente, há um milhão de casos de intoxicação alimentar, por ano, no Reino Unido, pelo que esta embalagem seria fundamental na redução deste número.
Os actuais indicadores de frescura de produto da indústria alimentar são considerados “significativamente caros”, de acordo com a BBC, pelo que este novo processo, ao incluir um indicador que, ele próprio, é parte integrante da embalagem, consegue ser bastante mais barato que o actual sistema.
Recorde aqui também um projecto similar desenvolvido pela empresa de design japonesa To-Genkyo.
“Hoje atiramos muita comida fora, o que é economicamente e ambientalmente prejudicial”, revelou o professor Andrew Mills.
“Esperamos que [a nova geração de embalagens] reduza o risco de pessoas comerem comida que já não está boa para consumo, ajudando a prevenir gastos desnecessários de alimentos”, concluiu o professor.