Universidade de Lisboa vai ganhar €3 milhões com painéis solares no telhado (com VÍDEO)



Se as universidades são o centro do conhecimento, por que não colocar em prática esta mais-valia? A Universidade de Lisboa levou à letra esta máxima e investiu na colocação de painéis fotovoltaicos no topo dos seus edifícios. Agora, a academia lisboeta tem a maior central fotovoltaica de Portugal em meio urbano.

A primeira fase arrancou em Março de 2013, mas o projecto foi rapidamente alargado. Os painéis estão instalados em quatro faculdades e vários parques de estacionamento. Toda a energia é injectada na rede, sendo que apenas a Galp Energia investiu no projecto. Os lucros, porém, serão partilhados com a Universidade de Lisboa.

“Conseguimos reduzir as nossas despesas e, neste processo, alcançámos a certificação energética de edifícios e do ar interior”, explicou ao Economia Verde o vice-reitor da Universidade de Lisboa, António Feijó.

O projecto decorre nos próximos 15 anos e a universidade espera arrecadar €3 milhões, para além das poupanças energéticas. Por outro lado, o projecto terá também uma componente académica: será um laboratório de testes para novas ideias.

“Os alunos têm acesso imediato à informação e podem usá-la para investigação própria. Há já teses de mestrado da universidade que utilizam dados destas centrais fotovoltaicas”, completou António Feijó. “É o tipo de iniciativa em que se ganha sempre e não há nada a perder.”

As cinco centrais irão produzir 1.500 MW/h de energia anual, o que corresponde às necessidades de uma faculdade de média dimensão, como a Faculdade de Letras ou de Farmácia.

“São quatro mil painéis instalados – é quase 1 MW de potência instalada”, frisou Ricardo Leite, da Galp Energia. “Esta é a maior central de produção descentralizada de energia em meio urbano e a maior central fotovoltaica de uma universidade, em Portugal”, concluiu.

Os primeiros passos no sentido de termos edifícios de balanço energético nulo estão dados, em Lisboa. Será a ideia aproveitada pelas restantes universidade do País, ou a asfixia financeira do meio académico português será um óbice incontornável?

Veja o episódio 195 do Economia Verde.

 





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