Universidade de Maputo ajuda na recuperação de ervas marinhas
A ONU implementou para a Agenda 2030, dezassete objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS), a mais de 192 países. Recentemente, Moçambique começou a trabalhar na meta nº14 que consiste em “Conservar e usar de forma sustentável os oceanos, mares e os recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável”.
A Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo, está a identificar e investir na restauração dos habitats das ervas marinhas, consideradas as “baterias de oxigénio do oceano”. O projeto vai colaborar com as comunidades próximas das baías de Inhambane e Maputo, que vão aprender a pescar de forma não destrutiva e elaborar um plano de gerenciamento das ervas.
No noroeste da Baía de Maputo 86% dos prados de ervas marinhas foram perdidos, revelou o programa Pnuma da ONU. Esta situação trás várias consequências prejudiciais ao meio ambiente, mas também para a comunidade local em termos de segurança alimentar e de emprego.
As principais razões para esta perda são a pesca destrutiva de moluscos, a sedimentação dos rios e as inundações.
Salomão Bandeira, da Universidade, explicou que ali a pesca “não se trata apenas de um recurso, mas sim de um modo de vida” para os locais, pelo que o sucesso do projeto resultará numa melhoria de qualidade de vida da população. Da mesma forma, o aumento das ervas marinhas traz maior biodiversidade às baías, melhorando a qualidade das águas, o desenvolvimento de espécies como camarões, amêijoas e caranguejos, e a proteção de espécies em vias de extinção como o dugongo (que se alimenta destas ervas).