Universidade de Trás-Os-Montes e Alto Douro junta-se à Aliança Internacional para os Carvalhos



A Universidade de Trás-Os-Montes e Alto Douro (UTAD) é a única universidade portuguesa a integrar a Aliança Internacional para os Carvalhos, um projeto promovido pela California Wildlife Foundation dedicado à conservação e perpetuação dos bosques de carvalhos nativos da Califórnia.

No âmbito da iniciativa, serão desenvolvidas atividades de investigação, de desenvolvimento e de divulgação sobre os ecossistemas de carvalhos.

“No California Oaks, vamos trabalhar várias questões relacionadas com os carvalhos, nomeadamente o seu contributo crítico em aspetos como o habitat da vida selvagem, a proteção, a conservação da água, o papel privilegiado no armazenamento de carbono, a saúde e a qualidade de vida das comunidades humanas”, explica João Paulo Carvalho, o docente da UTAD, em comunicado.

Desde 1990, que a UTAD tem desenvolvido diversos projetos, com várias instituições e organizações, nacionais e internacionais, sobre o ecossistema carvalhal e os carvalhos.

João Paulo Carvalho destaca “a colaboração com Espanha (através da Consejeria de Medio Ambiente da Província de Castilla-León) em matérias relacionadas com as utilizações e as formas de gestão destes ecossistemas e, mais recentemente, com instituições públicas do sector florestal e ambiental em França, República Checa e Eslovénia, em aspetos relacionados com a promoção de elementos de conservação biológica em florestas de carvalho e sua relação com usos multifuncionais”.

Do outro lado do Oceano Atlântico, a UTAD tem colaborado em abordagens de regeneração dos carvalhais e com o Forest Service (USDA) na apreciação de elementos edáficos, de proteção e silvicultura.

João Paulo Carvalho, também perito da estratégia europeia para a biodiversidade, alerta para o facto de alguns ecossistemas de carvalho estarem a sofrer uma regressão e degradação do seu habitat.

“Esta situação constitui um alerta para a tomada de decisões de ação política e social, não só para minimizar os efeitos da degradação do meio ambiente, como também para proceder à sua restauração e valorização, de modo a assegurar condições ambientais benéficas e a melhoria do bem-estar e da qualidade de vida das comunidades humanas”, avisa o especialista.





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