Universo está a expandir-se como se “estivesse a descer uma montanha-russa”



Dos cientistas esperamos, quase sempre, discursos técnicos, complexos e complicados. Mas não foi essa forma que Mat Pieri, cientista da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido, encontrou para explicar ao comum dos mortais a velocidade a que o universo se expande.

“Se pensarmos no universo como uma montanha-russa, então hoje estamos a descer a pique, a ganhar velocidade à medida que descemos”, explicou Pieiri, que analisou, com outros colegas, como tem evoluído o universo desde o Big Bang, há 13,75 mil milhões de anos.

O estudo, publicado no jornal Astronomy & Astrophysics, mapeou o universo desde a sua juventude, três mil milhões depois de ter sido formado. Os pesquisadores mediram a taxa de expansão do então universo utilizando quasars para sondar a distribuição de hidrogénio ao longo da linha de visão, a partir de cada quasar para o telescópio da Terra da Fundação Sloan, que participou no projecto.

“Já conhecemos [como era] o universo na sus infância, utilizando o arrebol do Big Bang. Percebemos como o universo atingiu a maioridade ao olhar para a distribuição de galáxias distante na segunda parte da sua história. E finalmente estamos a vê-lo na adolescência, explorando a distribuição de gás em larga escala na primeira parte da sua história, mesmo antes de ter passado por uma fase de crescimento”, explicou Pieri.

O crescimento do universo na sua infância foi mostrado pelos efeitos da gravidade, mas nos últimos cinco mil milhões de anos começou a expandir-se rapidamente, devido a uma força misteriosa a que os cientistas chamaram de energia negra. E continua a fazê-lo vigorosamente, como se descesse uma montanha-russa.





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