Urso-pardo regressa a Chernobyl pela primeira vez em 100 anos (com FOTOS)



O desastre nuclear de Chernobyl, na antiga União Soviética – actual Ucrânia – criou uma zona de exclusão que se mantém até aos nossos dias e continuará por muitas décadas. A tragédia, ocorrida a 26 de Abril de 1986, continua a ser considerada a pior de sempre em termos de radioactividade libertada, mas a verdade é que, ironicamente, ela tem criado, nos últimos anos, um santuário de vida selvagem.

Segundo o projecto TREE (TRansfer, Exposure, Effects), que pesquisa os efeitos da radioactividade, terá sido visto um urso-pardo naquela zona pela primeira vez num século. O urso foi fotografado por uma câmara automática colocada na zona de exclusão e junta-se a outros animais já encontrados: um lince, lobos cinzentos, cavalos, javalis, veados, lontras e outros animais.

“Estamos a trabalhar numa teoria em que, se retirarmos o ser humano da equação, os animais têm caminho livre na zona de exclusão e ficam afastados da pressão e perigos apresentados pelas pessoas”, explicou à BBC o líder do projecto, Mike Wood, da Universidade de Salford.

O desastre de Chernobyl é considerado o pior acidente nuclear da História, em termos de custos e vítimas, e o único de dois classificado com o nível sete na International Nuclear Event Scale.

Foram envolvidas 500 mil pessoas para conter a contaminação e um total de €13,8 mil milhões. O projecto TREE pretende “reduzir a incerteza na projecção de risco para humanos e vida selvagem associado à exposição à radioactividade e reduzir conservacionismo desnecessário”. O TREE colocou 15 câmara em cada das áreas afectadas, para tentar perceber se existe vida selvagem no local e qual o seu comportamento.

Apesar de as primeiras descobertas terem já sido comunicadas, a primeira parte do projecto apenas termina no final de 2015.

[nggallery id=1257 template=greensavers]





Notícias relacionadas



Comentários
Loading...