Ursos polares e cetáceos entre as 31 novas espécies ameaçadas
Foram necessários seis de dias intensas deliberações em Quito, no Equador, para que a Organização das Nações Unidas adicionasse 31 animais à sua lista de espécies migratórias ameaçadas. Agora, sob a Convenção pela Preservação de Espécies Migratórias estão animais como o urso polar, a manta-do-recife, a abetarda-comum e algumas baleias e golfinhos. Ser protegido por tal tratado significa padrões de conservação mais elevados, incluindo proibições de abate e comércio, para estes animais.
Os animais marinhos estão entre os grandes vencedores da convenção – não apenas foram adicionadas 21 espécies de manta, tubarões e peixe-serra, com também foram destacadas as capacidades culturais dos golfinhos e baleias pelo painel da ONU.
Dado que os golfinhos, baleias e outras espécies são migratórias, uma conservação bem-sucedida significa uma cooperação internacional de 120 países. Segundo o director-executivo da convenção internacional, Bradnee Chambers, os animais migratórios tornaram-se num exemplo do que tem acontecido a nível global, no que toca à poluição e às consequências das alterações climáticas: “As ameaças aos animais migratórios vão afectar-nos a todos”, cita o Dodo.
A Convenção pela Conservação de Espécies Migratórias, também designada por Convenção de Bona, entrou em vigor em 1983. Todos os países signatários têm o dever de proteger as espécies migratórias que habitem ou atravessem o território sob a sua jurisdição. A próxima conferência internacional está agendada para 2017 nas Filipinas.
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