Vai nascer a primeira cidade flutuante na Coreia do Sul
Vai ser construída a primeira cidade flutuante do mundo em Busan, na Coreia do Sul. Albergará 12 mil pessoas, mas pode alcançar a capacidade para 120 mil. A construção da Oceanix Busan terá o apoio da UN-Habitat e poderá nascer já em 2025.
Se as previsões sobre os efeitos das alterações climáticas na subida do nível da água mar se confirmarem, em 2100 a sua altura aumentará 1,3 metros e poderá chegar aos cinco em 2030. O impacto da subida pode ser devastador para as cidades costeiras e afectar milhões de pessoas.
O site oficial da entidade explica que “o desafio é enorme: duas em cada cinco pessoas no mundo vivem a menos de 100 quilómetros da costa e 90% das cidades são vulneráveis à subida do nível do mar”. Além disso, as inundações “estão a destruir biliões de dólares em infraestruturas, obrigando milhões de refugiados climáticos a abandonar os seus lares”.
A cidade flutuante chamar-se-á “Oceanix Busan” e está concebida como um protótipo para testar tecnologias que permitam a construção deste tipo de estruturas. Será formada por seis plataformas interconectadas com um total de seis hectares. No início albergará 12 mil pessoas, mas os promotores asseguram que essa capacidade poderá aumentar para mais de 100 mil. Terá três zonas – uma para alojamento, outra para restaurantes e lojas e uma última dedicada à investigação marinha da região.
Segundo a UN-Habitat, o projeto está pensado para ser energeticamente auto-sustentável, evitando desperdícios e produzirá os 100% da energia necessária através de painéis solares colocados sobre o mar e nos telhados de um dos edifícios.
As cidades flutuantes são uma das soluções que os governos têm sobre a mesa para controlar o efeito da subida do nível da água do mar nas populações e, segundo o “El Confidencial”, há vários projetos neste sentido, nomeadamente uma cidade flutuante nas Maldivas.