Vegetarianos vivem mais tempo, diz estudo de várias décadas



Nos anos 70 e 80, foram feitos vários estudos da Universidade Loma Linda, na Califórnia, sobre milhares de fiéis da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Um deles, que analisa registos desde 1958, incidiu sobre os vegetarianos desta igreja.

Um dos primeiros resultados revelou que os vegetarianos vivem mais tempo que os não-vegetarianos. O estudo alertava ainda que o tipo de comida normalmente ingerida por um vegetariano – frutos, vegetais, nozes, legumes – pode reduzir o risco de doenças como cancro, doenças cardiovasculares ou diabetes do tipo 2, para além de existir, por parte da pessoa, um maior controlo da massa corporal e tamanho da cintura.

Vários anos depois, em 2002, o National Institutes of Health deu autorização à universidade californiana para continua a estudar os fiéis da Igreja Adventista do Sétimo Dia, para uma segunda ronda de conclusões.

O estudo ainda está a meio, mas há existem algumas conclusões relativas a 96 mil pessoas dos Estados Unidos e Canadá. E essas conclusões são muito interessantes: em média, um vegetariano (e Adventista do Sétimo Dia) do sexo masculino vive 83,3 anos. Uma mulher vive 85,7 anos. Ou seja, 9,5 e 6,1 anos a mais, respectivamente, que outros californianos.

A razão pela qual a Universidade de Loma Linda escolheu os fiéis da Igreja Adventista do Sétimo Dia para elaborar um estudo sobre vegetarianos é óbvia: esta igreja promove o vegetarianismo, desencoraja as bebidas alcoólicas, o tabaco e a utilização de drogas. Um dos membros fundadores da igreja é, de resto, John Harvey Kellogg, pioneiro na nutrição saudável e inventor dos cereais matinais.

Veja outras das conclusões:

Os vegetarianos são, em média, 13,6 quilos mais leves que os comedores de carne

Os vegetarianos e vegans são menos resistentes a insulina do que quem come carne

As pessoas magras praticam mais regularmente exercício, comem mais vegetais e evitam mais cigarros que as pessoas obesas.

Os semi-vegetarianos, que limitam a ingestão de produtos derivados de animais uma vez por semana, têm uma “protecção intermédia” contra as doenças relacionados com o estilo de vida.

A obesidade reduz o tempo médio de vida da população Afro-Americana em 6.2%. Paralelamente, as eventuais qualidades protectoras da gordura numa população mais idosa não são identificadas.

 





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