Verdes querem proibir plásticos à refeição



O partido ecologista Os Verdes apresentou ontem um projecto de lei para proibir a comercialização de “pratos, tigelas, copos, colheres, garfos, facas, palhinhas e palhetas de café”, num prazo de três anos.

“Em Portugal, como noutros países, a utilização de copos, talheres ou pratos descartáveis e feitos de plástico é muito comum em festas e eventos (públicos e privados) e encontram-se à venda de uma forma massiva. Os copos descartáveis de plástico também são uma constante em máquinas automáticas de fornecimento de água, cafés e outras bebidas quentes presentes em locais de atendimento ao público, escritórios e noutros espaços, como em estabelecimentos de diversão noturna/bares onde não é raro servirem-se bebidas em copos descartáveis de plástico. Há, portanto, uma utilização muito generalizada desta «loiça» que se caracteriza por usar e deitar fora, contribuindo para aumentos muito significativos de resíduos e para níveis de poluição que não são de menosprezar.” pode ler-se no comunicado emitido.

E por “não são de menosprezar” entendam-se “milhares de toneladas diárias de resíduos não biodegradáveis para o meio ambiente. Desta situação resultam níveis de poluição descontrolados e bastante preocupantes.”

Assim, segundo o projecto, deverá existir um período de adaptação de três anos para que todos os agentes económicos envolvidos possam adoptar soluções “alternativas para colocação no mercado de utensílios de refeição descartáveis produzidos a partir de matérias biodegradáveis ou compostáveis”.  Durante esse período, o governo deve também incentivar os consumidores a “utilizarem material não descartável, susceptível de reutilização”. Até porque não faltam já alternativas no mercado.

Os verdes citam ainda o caso francês, onde legislação semelhante já aprovada resultou numa poupança de 30 mil toneladas de lixo.

Foto Cco Public Domain





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