Vida e morte de um iceberg captados pela lente de uma máquina fotográfica
Já muita gente fotografou icebergs, mas ninguém o fez como Simon Harsent. Este fotógrafo inglês, a trabalhar em Nova Iorque, retratou a vida e morte dos icebergs, num trabalho que mais se assemelha a pintura do que a fotografia.
As fotos foram compiladas na série “Melt/Portrait Of Na Iceberg”. Para o trabalho, Harsent inspirou-se em três elementos: água, céu e gelo. Com formação também na área da pintura, Harsent foi ainda beber inspiração ao trabalho de Mark Rothko, pintor norte-americano, em especial às obras “Preto no Verde” e series “Seagram”, com as quais o fotógrafo se cruzou na juventude.
“O que aprecio no Rothko é a sua definição de cor. Ele não cria apenas painéis de cor. Existe muita profundidade e textura nas pinceladas”, explica Rothko. Em homenagem ao pintor, Harsent esbateu as cores das suas fotografias. O resultado e á primazia da textura, num branco monocromático.
Para fotografar o ciclo de vida dos icebergs, Harsent viajou até ao Iceberg Alley, passando pela Gronelândia onde estas massas de gelo se separam das calotes polares. Ao longo da viagem de barco de 10 dias, feita em 2008, o fotógrafo parou ainda na Disco Bay da Gronelândia, onde as estruturas de gelo se separam do Fiorde Ilulissat. Posteriormente, viajou para a Terra Nova e Labrador, no Canadá, para fotografar a morte destes icebergs, onde eles terminam a sua viagem, já muito reduzidos, e se acabam por afundar.
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