Vinte e cinco toneladas de biorresíduos recolhidas na hotelaria e restauração em Leiria



Cerca de 25 toneladas de biorresíduos foram recolhidas desde janeiro na restauração e hotelaria em Leiria, num projeto que vai ser alargado à área residencial este mês, anunciou ontem o vereador Luís Lopes.

Segundo Luís Lopes, este projeto de recolha de biorresíduos, denominado “Leiria + Verde”, foi iniciado em 16 de janeiro, “no canal Horeca, restaurantes e hotelaria, dentro da zona urbana de Leiria”.

“Até ao momento, temos 60 aderentes aos quais entregámos um contentor de 120 litros que é colocado na via pública durante a madrugada, para nós recolhermos”, explicou o autarca à agência Lusa, referindo que foram recolhidas “mais de 25 toneladas de biorresíduos que foram devidamente encaminhados e que já estão, à data de hoje, a produzir um composto que depois será utilizado dentro do concelho também”.

Quanto à fração doméstica, já foi iniciada a entrega dos contentores, de cor castanha, o que está a ser feito porta a porta por uma empresa contratada pela autarquia.

Esta distribuição, de 14 mil contentores de sete litros para as habitações, decorre em Leiria, Marrazes e Parceiros (área urbana).

Paralelamente, vão ser colocados 800 contentores de 500 litros na via pública (junto aos contentores de indiferenciados).

“Temos tido relatos de pessoas que, legitimamente, não abrem a porta”, reconheceu o vereador com os pelouros do Ambiente e da Limpeza Pública e Resíduos Sólidos Urbanos, frisando que quem está a proceder à entrega dos contentores de sete litros apresenta-se devidamente identificado.

Luís Lopes garantiu que este processo vai arrancar este mês, sem especificar uma data porque está dependente da colocação de todos os contentores de superfície e da entrega de pelo menos 50% dos contentores na fração doméstica.

De acordo com o vereador, “mesmo que as pessoas se recusem a aceitar [ter] o contentor” em casa, podem sempre depositar os biorresíduos nos contentores instalados na rua, salientando a importância de os munícipes terem conhecimento de como funciona este processo.

“Temos já disponível [no sítio na Internet do município] qual o mapa, quais as ruas que estão a ser consideradas e depois, gradualmente, iremos alargar às restantes áreas e, logicamente, a todo o concelho até 2030, porque essa é uma das metas que temos de cumprir”.

Luís Lopes esclareceu ainda que com a recolha de biorresíduos a autarquia paga menos à Valorlis, empresa de valorização e tratamento de resíduos sólidos da região de Leiria.

“Na prática, passamos de 57 euros por tonelada de [resíduo] indiferenciado para metade dessa tarifa, o que é significativo considerando que o Município de Leiria representa 42% do total de resíduos que são encaminhados para a Valorlis”, concretizou.

O autarca acrescentou que ao reduzir-se “substancialmente a quantidade de indiferenciados” que vão para aterro, também se diminui a fatura, o que se “vai refletir depois nos munícipes”, e apelou para que adiram à recolha seletiva de biorresíduos.





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