Viver nas cidades favorece o aumento dos níveis de obesidade



A deslocação das pessoas para os subúrbios citadinos, quer seja à procura de melhores condições de vida ou habitações a preços mais acessíveis, pode estar a favorecer a obesidade. O alerta é da do pelo presidente da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade, que indica que Portugal tem meio milhão de adultos obesos e que a situação piorou com a mudança da estrutura das cidades, associada a uma maior modificação de comportamentos.

Citado pelo agregador O Meu Bem Estar, Davide Carvalho destaca que a situação “é preocupante”, com o país a ter, a par de Malta, uma das maiores taxas de obesidade infantil da União Europeia e também das mais altas em relação aos adultos. “Há mais consumismo e menos disponibilidade para a actividade física. As pessoas passam muito tempo nos transportes, têm uma vida mais sedentária, uma tendência para refeições rápidas e ricas em gordura”, afirma o presidente da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade.

O especialista indica ainda, ao contrário do que se possa pensar devido à moda do exercício físico, que o número dos que praticam exercício físico não aumentou e que é “difícil chegar aos inactivos”, pelo que era importante haver condições para que as pessoas pratiquem algum exercício na ida para o emprego.

Depois, os portugueses estão a adoptar uma dieta rica em gorduras, deixando de lado as leguminosas, indica Davide Carvalho. “Hoje feijão e grão é comida de pobre”, afirma. Ao contrário dos países nórdicos que tinham maus hábitos alimentares mas que conseguiram modifica-los, os países do sul da Europa “fizeram o contrário”, acrescenta.

Foto: Matthias Ripp / Creative Commons





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