Xangai: crianças impedidas de ir à escola devido à poluição atmosférica
As autoridades de Xangai suspenderam temporariamente as aulas e a construção civil esta sexta-feira, devido a uma das piores vagas de poluição dos últimos anos. O ângulo de visibilidade no centro financeiro da China é de apenas alguns metros e a cidade está envolta numa espessa camada de nevoeiro acastanhado, que na verdade são partículas de ar poluídas.
Segundo refere o The Guardian, há poucas pessoas na rua, o tráfego é menor e 30% dos veículos do governo local foram retirados das ruas. Todos os eventos desportivos públicos foram igualmente cancelados. Face aos elevados níveis de poluição que se verificam, a venda de máscaras e purificadores de ar disparou nas lojas.
A concentração das partículas totais em suspensão 2,5 era de 602,5 microgramas por metro cúbico de ar, um nível extremamente perigoso, e foi o valor registado mais elevado desde que a cidade começou a monitorizar a concentração de partículas totais em suspensão, em Dezembro de 2012. A directriz da Organização Mundial de Saúde indica que não devem ser excedidas os 25 microgramas por metro cúbico de ar.
A poluição que atingiu Xangai e as províncias vizinhas é consequência da combustão de carvão, das emissões de dióxido de carbono dos carros e fábricas e das alterações nos padrões climáticos. Como cidade costeira que é, Xangai costuma ter uma poluição atmosférica leve ou moderada, mas as recentes alterações dos padrões climáticos estão a deixar a cidade sem circulação de ar.
As emissões das fábricas nas províncias vizinhas de Jiangsu e Zhejiang estão entre as piores de toda a China, segundo a Greenpeace.
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