Yellowstone celebra hoje 150 anos. Conheça o lugar onde as montanhas são de cristal e as lagoas fumegantes
O Parque Nacional de Yellowstone é um parque nacional Norte Americano localizado nos estados de Wyoming,Montana e Idaho. É o mais antigo parque nacional no mundo, e um marco na história das áreas protegidas: são quase nove mil quilómetros quadrados, uma variedade de vida selvagem (alberga cerca de 67 espécies e 285 tipos de aves, na qual se incluem ursos, lobos, bisontes, alces, e outros animais) e atrações como geisers e fontes termais. A alpinista Jim Bridger descreveu Yellowstone como o lugar onde as montanhas são de cristal e as lagoas fumegantes.
O parque encontra-se em cima de um supervulcão. Yellowstone registou três grandes eventos eruptivos nos últimos 2,2 milhões de anos, o último dos quais ocorreu há 640 mil anos. Estas erupções são as de maiores proporções ocorridas na Terra durante esse período de tempo, provocando alterações de clima nos períodos posteriores à sua ocorrência. Um novo evento eruptivo poderia provocar uma grande mudança na paisagem e no clima, com consequências globais.
Os prados, as montanhas e as florestas cobrem quase dois terços do parque. Esta era também terra das nações indígenas. Durante mai de 10 mil anos, os nativos americanos viveram, caçavam, pescavam, apanhavam plantas e usavam fontes termais para fins religiosos e medicinais.
De acordo com uma equipa de cientistas das Universidade Técnica de Munique, a regeneração da floresta na região está ameaçada por vários motivos: Se os incêndios aumentarem e as distâncias entre as árvores sobreviventes também aumentarem, muito poucas sementes chegarão ao solo. Se o clima ficar mais quente e seco no futuro, as árvores jovens e vulneráveis não sobreviverão e, se houver muitos incêndios, as árvores não atingirão a idade em que produzem sementes.
“Em 2100, espera-se que o Grande Ecossistema de Yellowstone tenha mudado mais do que nos últimos 10.000 anos e, portanto, terá uma aparência significativamente diferente do que é hoje”, explica o cientista Werner Rammer. “A perda da vegetação da floresta atual está a levar a uma redução do carbono que é armazenado no ecossistema e também terá um impacto profundo na biodiversidade e no valor recreativo desta paisagem icónica”.