Zero apela a sentido de urgência na cimeira climática COP24



A poucos dias de terminar a cimeira climática COP24, a associação ambiental Zero apela a que os líderes reunidos na Polónia levem a sério os diversos avisos relativos às mudanças climáticas e que tomem medidas urgentes e concretas.

A associação considera que há há diversas razões para comemorar o terceiro aniversário da aprovação do Acordo de Paris, mesmo que de forma contida. Entre os motivos contam-se a rapidez com que entrou em vigor este acordo e os países estarem a discutir a revisão das metas de redução de emissões de todos os países. Todavia, após três anos de estagnação, as emissões voltaram a subir, e portanto, na prática, o mundo não está a corresponder ao esperado, nomeadamente nas políticas e medidas de curto prazo.

Emergência climática
A Zero considera estarmos perante uma emergência climática em que é necessário que os líderes atuem com urgência. “Para a ZERO, é verdadeiramente dramático que os líderes mundiais não aproveitem o tempo que a comunidade científica afirma que temos até 2030 para reduzir 45% das emissões globais de GEE [gases com efeito de estufa] em relação a 2010, para garantir um aquecimento global que não irá além de 1,5ºC em relação à era pré-industrial. Por outras palavras, se não quisermos depender de soluções duvidosas de captura de carbono, o mundo deverá ser carbono zero em 2044, e por isso a nossa margem de manobra para reduzir a poluição é, no máximo, de 12 anos.”

A Zero indica que tem vindo a alertar os países juntamente com outras organizações não-governamentais para a necessidade de termos compromissos ambiciosos nesta Conferência e reuniu com o Ministro do Ambiente e da Transição Energética para alertar para a necessidade de Portugal, no seio da União Europeia, alinhar também com um objetivo mais elevado de redução de emissões para 2030, em particular 55% em relação a 1990.





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