13.ª edição do Prémio Nacional de Agricultura distingue sete projetos inovadores e sustentáveis
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Foram revelados os vencedores da 13.ª Edição do Prémio Nacional de Agricultura (PNA), numa cerimónia que se realizou em Lisboa. A iniciativa distinguiu casos de sucesso nacionais da Agricultura, Agroindústria, Florestas e Pecuária e contou com a presença de José Manuel Fernandes, Ministro da Agricultura e Pescas, que encerrou o evento, foi divulgado em comunicado.
Organizado em parceria pelo BPI a Medialivre, o PNA conta com o Alto Patrocínio do Ministério da Agricultura e Pescas e o apoio da PwC. Ana Rosas Oliveira, Administradora Executiva do BPI, salientou que o setor agrícola “tem mostrado uma resiliência notável para enfrentar inúmeros desafios à produção, adaptando-se com dinamismo e inovação tecnológica”.
Acrescentou ainda que “tem sido feito um importante caminho no setor, investindo numa produção agrícola consciente, que alia preservação ambiental e rentabilidade. Cada projeto a concurso representa e valoriza a história de todas as pessoas que constroem este percurso.”
A categoria especial “Personalidade” distinguiu João Coimbra, administrador da Quinta da Cholda e um dos maiores produtores de milho nacionais, pelo seu contributo no desenvolvimento da agricultura de precisão.
A EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, S.A. foi a vencedora da categoria especial “Institucional”. Criada em 1995, a EDIA é a empresa pública responsável pela gestão do Alqueva, contribuindo para a promoção do desenvolvimento económico e social da sua área de intervenção (cerca de 20 concelhos dos distritos de Beja, Évora, Portalegre e Setúbal).
No evento foram ainda divulgados os vencedores das quatro categorias a concurso –Inovação de Processo (Frutas Classe), Inovação de Produto (Fertiprado), Novos Projetos (Cânhamor) e Sustentabilidade (Lusomorango).
Conheça os premiados:
Vencedor | Inovação Processo
Frutas Classe – Comércio de Frutas SA – Fundada em 2001, a Frutas Classe dedica-se à produção, comercialização e distribuição de frutas e legumes, com destaque para o morango. O projeto Morango 4.0 visa criar produtos e embalagens mais sustentáveis e rastreáveis, usando automação e Blockchain para recolha certificada de dados e comunicação transparente.
Menção Honrosa: Olibest, Gestão Agrícola Lda.
Vencedor | Inovação Produto
Fertiprado, Sementes e Nutrientes, Lda – Fundada em 1990, a Fertiprado é líder na tecnologia de pré-inoculação de sementes das leguminosas com o seu Rhizobium específico, uma relação simbiótica crucial para estas plantas. Um longo trabalho de investigação e desenvolvimento permitiu desenvolver um novo conceito: misturas bio diversas funcionais. O principal objetivo é melhorar o solo, a sanidade e aumentar a biodiversidade, contribuindo para uma agricultura mais sustentável.
Menção Honrosa: Salsicharia da Gardunha, Lda.
Vencedor | Novos Projetos
Cânhamor – Ecoblocos – A empresa está a instalar a primeira unidade industrial de transformação e processamento de cânhamo da Península Ibérica, com a finalidade de produzir blocos de cânhamo naturais utilizados para uma construção sustentável. Trata-se da única fabrica do mundo a controlar todo o processo produtivo – desde a matéria-prima até ao fabrico e venda do produto final.
Este projeto pretende contribuir para a descarbonização do sector da construção civil e do ciclo de vida dos edifícios, com vantagens já estudadas em termos de isolamento térmico e acústico e no ambiente interior das habitações.
Menção Honrosa: Seedsight
Vencedor | Sustentabilidade
Lusomorango, SA – A Lusomorango, a maior Organização de Produtores (OP) nacional do setor das frutas e legumes, dedica-se à produção e comercialização de framboesa, amora, mirtilo e morango, e viu reconhecidos os seus investimentos nos diversos domínios da sustentabilidade (Ambiente, Social e Governance).
A Lusomorango tem apostado na otimização do uso da água e de substitutos da utilização de pesticidas, reduzindo significativamente o impacto nos ecossistemas agrícolas. Ao nível das energias renováveis, promove e apoia a instalação de painéis solares nos Produtores. Além disso, organiza junto dos seus Produtores o encaminhamento dos resíduos plásticos para reciclagem através de empresas licenciadas, entre outras iniciativas.
Paralelamente, a Lusomorango e os seus produtores têm participado ativamente no tema da resposta social, em especial no concelho de Odemira, no Sudoeste Alentejano. A Lusomorango está ainda a implementar o Centro de Investigação para a Sustentabilidade, com o objetivo promover práticas agrícolas sustentáveis e inovadoras.
BPI apoia empresas do setor da Agricultura
A Agricultura é um dos setores prioritários eleitos pelo BPI=. Desde 2012 que o BPI prossegue uma estratégia de especialização do setor, contando atualmente com uma equipa dedicada à estruturação de operações e à dinamização do negócio, presentes em todo o território nacional.
Para além da oferta dedicada e equipas especializadas, o BPI promove diversas iniciativas para capacitação das empresas e organiza eventos que promovem o diálogo entre todos os stakeholders, potenciando a partilha de conhecimento e boas práticas. Uma dessas iniciativas é o Fórum BPI “O Futuro da Água”, que reúne especialistas, ex-governantes, autarcas e empresas para debater o futuro da água, e que irá promover em 27 de fevereiro de 2025 a segunda edição.
O Banco organiza anualmente o Prémio Nacional de Agricultura e é igualmente patrocinador das principais feiras agrícolas realizadas em Portugal, nomeadamente a Feira Nacional de Agricultura (FNA), a Agroglobal e a Ovibeja, reforçando assim a proximidade com os profissionais do setor.
O BPI conta com cerca de 15 mil clientes do setor e é líder na colocação da Linha IFAP Curto Prazo, com uma quota de 68,32%[1] do montante total de crédito enquadrado. A linha destina-se a financiar os custos com as campanhas agrícolas – preparação dos terrenos, sementeiras, regas, colheitas, alimentação dos animais, entre outros – e beneficia de bonificação de 20% dos juros, atribuída pelo IFAP, e de prazos adequados ao ciclo de cultura/produção agrícola, silvícola e pecuária. O BPI lidera igualmente no montante total de adiantamentos de apoios à exploração concedidos pelo IFAP e validados pela CAP, com uma quota de 62% em 2024[2].
[1] Fonte: IFAP, dados de 1/01 a 30/09 de 2024; contratos rececionados e registados até 19/11
[2] Fonte: Confederação dos Agricultores de Portugal.