Implantes mamários podem ser utilizados para estudar poluição no corpo humano
Os implantes mamários podem dar-nos pistas importantes aos cientistas sobre a forma como estes absorvem as toxinas do ambiente, de acordo com um novo estudo desenvolvido na Oregon State University, nos Estados Unidos.
De acordo com Kim Anderson, autora do estudo, a silicone é molecularmente similar à gordura, mas muito mais barata e fácil de encontrar, pelo que os cientistas esperam que ela possa ser utilizada como substituto para os tecidos humanos.
“Há dezenas de milhares de implantes mamários a ser deitados fora, vistos como resíduos. Eles podem ser um recurso para percebermos os contaminantes e químicos nas mulheres, para perceber os níveis verdadeiros [de químicos] no nosso corpo”, explicou Anderson ao The Bulletin.
No estudo piloto, Anderson utilizou oito implantes de silicone e dividiu o estudo em duas partes: numa primeira, os implantes foram rastreados para cerca de 1.400 químicos encontrados no ambiente. Os pesquisadores também rastrearam amostras de silicone não utilizadas e descobriram que os implantes utilizados continuam 14 compostos comuns e encontrados em comida e produtos de cuidados pessoais, comerciais e industriais. E pesticidas.
A cafeína estava presente nas oito amostras. O segundo composto mais encontrado foi um subproduto do DDT (diclorodifeniltricloroetano), encontrado em cinco amostras.
As amostras eram pequenas, pelo que é muito cedo para retirar algumas conclusões. No entanto, ficou provado que utilizar implantes mamários de silicone pode ajudar o estudo da poluição no nosso corpo.