Todos os anos 7 mil espécies protegidas sofrem tráfico ilegal



A ONU divulgou os resultados da primeira investigação exaustiva que alguma vez se realizou sobre tráfico ilegal de animais. As conclusões do relatório agora conhecido revelam uma rede global, com ligações ao terrorismo.

Em World Wildlife Crime Report: Trafficking in Protected Species, relatório divulgado pela ONU em Junho, os dados sobre o tráfico de espécies protegidas são avassaladores. A título de exemplo, apurou-se que o número de rinocerontes abatidos passou de 50, em 2007, para 1350 em 2015, ao passo que os elefantes são caçados à razão de 30 mil por ano. Os mamíferos correspondem a 30% dos casos, logo seguidos dos répteis (28%). No relatório também se revela que muitos dos animais que se traficam vivos são de tal forma sedados para efeitos de transporte, que cerca de 50% morrem no caminho.

Existe uma rede que funciona a nível global que lucra com este comércio, revela o World Wildlife Crime Report. Os animais são caçados num continente e vendidos noutro. Vivos, ou mortos, para a indústria da moda, da cosmética, ou farmacêutica são predados por gente que no terreno cede à corrupção e muitas vezes os lucros do negócio servem para alimentar redes terroristas, interligando-se com o tráfico de armas.

Em Fevereiro a Comissão Europeia aprovou um plano de acção para combater o tráfico de espécies selvagens dentro do espaço comunitário e reforçar a luta contra este crime. Este plano faz parte de uma estratégia mais ampla de combate ao financiamento do terrorismo, o que demonstra que a conexão entre as duas atividades já fora estabelecido antes do relatório da ONU vir a público.





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