As pessoas que vivem ao lado de vulcões
Há 20 anos que a cidade de Rabaul, na Papua Nova Guiné, foi destruída do dia para a noite, na sequência da erupção de três vulcões: Tavurvur, Vulcan e Rabalankaia. Graças a um atempado aviso, grande parte da população e turistas conseguiram fugir a tempo, à medida que as cinzas e a lava invadiram as casas e edifícios da localidade.
Apesar de ter ficado destruída e perdido o estatuto de capital do País, Rabaul não ficou sozinha: quem ficou reconstruiu a sua vida nas ruínas, apesar da ameaça de novas erupções ou doenças respiratórias graves.
Intrigado por esta falta de respeito pela natureza, o fotógrafo francês Eric Lafforgue voou até Rabaoul para documentar a vida destes corajosos: ele descobriu crianças a brincar em edifícios abandonados e pessoa a comerem ovos enterrados na cinza.
“A chuva encharcou a cinza grossa que caiu nas casas, e cerca de 80% dos edifícios colapsou com o peso”, explicou Lafforgue. O fotógrafo explicou ter encontrado o antigo mayor de Rabaul, que depois da morte da mulher, na erupção de 1994, acabou a viver sozinho em frente ao Tavurvur.
Existe ainda um hotel por debaixo do vulcão, o Rabaul, que reabriu em 2005 e que procura turistas aventureiros. “Todos os quartos têm uma vista para o vulcão, e quando o vento sopra não conseguimos ver nada por causa da cinza”, concluiu o fotógrafo.
O antigo aeroporto, destruído pela erupção, está coberto por três metros de cinza. “Ninguém sabe por que razão ele foi construído no sopé do vulcão. Veja algumas das fotos de Eric.
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