África: o que aconteceu aos mais de 730 mil elefantes desaparecidos nas áreas protegidas?
Os números divulgados hoje pela Unidade de Pesquisa de Conservação Ecológica (CERU), da Universidade de Pretória são assustadores: perto de 730 mil elefantes desapareceram das áreas protegidas em África nos últimos anos.
Apresentada como a mais provável causa para esta grave situação surge a caça a estes animais, feita sem dó nem piedade por caçadores furtivos, ao longo de anos e anos. 21 países africanos foram afectados pela imensa redução destes espécimes no continente.
Angola, Moçambique e Tanzânia lideram a lista de países onde o desaparecimento desta espécie está a ser mais sentida. Na República Democrática do Congo, Camarões e Zâmbia o elevado risco de extinção de elefantes é já uma realidade.
Para quem trabalha diariamente com esta realidade, caso de Ashley Robson, estes dados confirmam a triste realidade que se vive no continente africano. A trabalhar neste estudo, a investigadora mantém no entanto o optimismo, confiante que o trabalho desenvolvido por equipas no terrenos dedicadas a esta causa, terá no futuro um importante impacto na vida destes animais.
No reverso da medalha, a África do Sul, Uganda, algumas regiões do Malawi e Quénia estão a dar sólidos passos na protecção e conservação desta espécie, com a população de elefantes a dar já sinais de crescimento nestes locais.
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