Salpa, a criatura transparente que parece um peixe (mas não é)



As salpas parecem peixes mas não o são. São apenas… salpas.

Parece confuso, mas não é. As salpas pertencem à classe de animais Salpa Maggiore, e é a designação dada a um conjunto de espécies de tunicados planctónicos da família Salpidae.

Estas criaturas podem medir milimetros, mas crescer cerca de cinco por cento por hora e acabarem com cerca de 10 centímetros de comprimento.

São criaturas que costumam irritar os pescadores, pois pesam nas redes de pesca mas não são peixes que possam ser comercializados, e algumas vezes dão à costa, como aconteceu o ano passado na Foz do Arelho, nas Caldas da Rainha.

Por outro lado, estes organismos fascinam os cientistas, pela sua composição, forma como se comportam e aspecto peculiar.

As salpas podem sobreviver entre duas semanas e três meses antes de serem comidos por cavalas e atuns, ou cair lentamente no fundo do mar, onde se agregam em grandes quantidades.

As salpas têm também um tremendo potencial de redução de carbono, porque se alimentam do fitoplancton que absorve o dióxido de carbono, estas criaturas muitas vezes flutuam ao longo da superfície do oceano para se alimentarem, sendo que utilizam a sua transparência para se camuflar de possíveis predadores.

Estes organismos movem-se bombeando água através dos seus corpos gelatinosos, mastigando fitoplancton à medida que avançam, sendo que se juntam em longas fileiras que podem ultrapassar um quilómetro de comprimento.

A espécie é comum em diversos oceanos, ocorrendo em águas equatoriais, subtropicais, temperadas e frias. A maior concentração ocorre no Oceano Austral, nas proximidades da Antártica.





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