Esta é a tinta mais branca do mundo e pode ajudar o ambiente
Depois de testar mais de uma centena de materiais reflexivos diferentes, a equipa decidiu usar uma concentração extremamente alta de um composto químico chamado sulfato de bário, que normalmente é usado para fazer papel fotográfico e cosméticos brancos.
Xiulin Ruan, professor de engenharia mecânica na Universidade de Purdue, revelou que que quando a equipa iniciou o projeto, há cerca de sete anos, tinha em mente “a poupança de energia e o combate às mudanças climáticas”.
Enquanto na antiga formulação da equipa a tinta nas superfícies reflectia 95,5% da luz do Sol, a nova tinta reflecte 98,1%. Desta forma, “desvia” o calor da radiação infravermelha das superfícies. Em comunicado, a equipa esclarece ainda que as tintas brancas à venda reflectem entre 80 e 90% da luz solar.
Há sobretudo duas características que tornam a nova tinta tão branca. Primeiro, tem uma elevada concentração de um componente químico chamado “sulfato de bário”, que costuma ser usado (por exemplo) para fazer papel fotográfico. Outra característica é que as dimensões das partículas do sulfato de bário na tinta são muito diferentes e essa maior variedade de partículas com tamanhos diferentes permite à tinta espalhar mais do espectro de luz do Sol.
“Elevadas concentrações de partículas que também são muito diferentes em tamanho dão-nos uma dispersão mais ampla do espectro, o que contribui para uma maior reflexão”, resume no comunicado Joseph Peoples, estudante de engenharia mecânica da Universidade de Purdue que participou neste trabalho.