Porque deve contribuir para a proteção da camada de ozono?



A camada de ozono é uma zona na estratosfera da Terra, com grande concentração de ozono, que protege todos os seres vivos da radiação ultravioleta (UV) proveniente do sol. A ação do homem tem deixado grandes sequelas nesta camada, contribuindo para a sua destruição.

No passado dia Dia Mundial para a Preservação da Camada do Ozono, celebrado a 16 de setembro, o Serviço de Monitorização da Atmosfera Copernicus anunciou que o buraco na camada de ozono atingiu uma “extensão maior do que a Antártida”, tendo uma superfície de 14 milhões de quilómetros quadrados. No entanto, os dados apontam que este se encontra a recuperar, ainda que lentamente. O Protocolo de Montreal foi uma das grandes medidas adotadas para proteger esta camada, garantindo não só que os países fazem a sua parte, mas também que a comunidade científica analisa os progressos alcançados.

Só nos Estados Unidos (EUA), a proteção da camada de ozono pôde prevenir mais de 440 milhões de casos de cancro da pele, 2.3 milhões de mortes por esta doença, e 63 milhões de casos de cataratas, até ao final do século XXI, indica um novo estudo publicado na ACS Earth and Space Chemistry. 

Ao analisar os efeitos a longo prazo do impacto do Protocolo, os investigadores compreenderam que o Tratado está a contribuir para a recuperação da camada e a ter um efeito positivo em todo o mundo. A união de todos os governos em prol deste problema permitiu evitar 99% dos impactos de saúde previstos, bem como salvaguardar a camada de ozono.

“Escapámos do desastre”, afirma Julia M. Lee-Taylor, autora do estudo e profissional do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica. “O que é surpreendente é o que teria acontecido no final do século se não fosse o Protocolo de Montreal. Em 2080, a quantidade de UV triplicava. Depois disso, os nossos cálculos para os impactos na saúde começaram a falhar porque estávamos a chegar a condições nunca antes vistas”.

 





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