Há uma Caravana que vai percorrer Portugal em luta pela Justiça Climática
Várias organizações portuguesas juntaram-se para preparar uma caravana, que vai percorrer algumas das regiões do país mais expostas às consequências da crise climática. Com um percurso total de 400 quilómetros, a Caravana pela Justiça Climática vai partir da Figueira da Foz, seguindo para Pedrogão Grande, Oleiros, Vila Velha de Ródão, entre muitas outras localidades, para depois descer ao lado do rio Tejo até Lisboa.
Pretende-se, acima de tudo, alertar para os municípios que já sofreram ou que ainda sofrem, devido a fenómenos como incêndios florestais e o avanço da desertificação, e fatores como a poluição do ar e da água. Como tal, cada um dos pontos do roteiro terá uma razão para paragem, seja a passagem em Alhandra, onde se situa a fábrica da Cimpor, ou a passagem por Pedrógão Grande e Oleiros, epicentros dos mais graves incêndios florestais em território nacional.
No desenvolvimento desta iniciativa, encontram-se as organizações proTEJO – Movimento pelo Tejo, Climáximo, Greve Climática Estudantil Lisboa, EcoCartaxo, MIA – Movimento Ibérico Antinuclear, APAEPG – Associação de Pais e Encarregados de Educação dos Alunos do AE de Pedrógão Grande, AVIPG – Associação das Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande, Basta! – de crimes ambientais, Casa de Pedrógão Grande, Colinas do Tejo, Movimento Ambientalista Vale de Santarém, Movimento Cívico Ar Puro e MUNN – Urânio em Nisa Não.
“A crise climática e da biodiversidade é o tempo das nossas vidas. Enquanto empresas e governos repetem fórmulas esgotadas para políticas insuficientes, a degradação do clima destrói o nosso futuro coletivo. As cheias, secas, tempestades fora de época, subida do nível médio dos oceanos, incêndios florestais, perda irreversível da biodiversidade e degradação do ar, dos solos e das massas de água são a consequência direta de escolhas deliberadas tomadas nas últimas décadas pelo aparelho produtivo e pelo poder político a nível global”, afirmam as organizações em comunicado. “Apelamos por isso a todos os movimentos e organizações que se revejam na luta por um futuro digno a que se juntem a nós, transformando a Caravana pela Justiça Climática num momento histórico”.