Leilão eólico ‘offshore’ lançado este ano e vencedor deve ser conhecido em 2024
A secretária de Estado da Energia, Ana Fontoura Gouveia, disse hoje que o leilão eólico ‘offshore’ vai ser lançado até ao final deste ano, devendo o vencedor ser conhecido em 2024.
Falando aos jornalistas à margem da Lisbon Energy Summit & Exhibition 2023, que decorre até dia 01 de junho em Lisboa, a secretária de Estado afirmou que “certamente” o leilão será lançado este ano, e reiterou que o “processo será gradual”, estando previsto o lançamento “de mais leilões ao longo dos próximos anos”.
O Governo tem assumido a ambição de atingir uma capacidade instalada de eólico ‘offshore’ de 10 GW em 2030, a atribuir por leilão.
Questionada sobre se o vencedor do leilão não será conhecido ainda durante este ano, Ana Fontoura Gouveia assumiu que esse será o cenário mais provável, pelo que apenas em 2024 deverão ser conhecidos os vencedores das primeiras áreas disponibilizadas no âmbito deste primeiro leilão.
Sem adiantar detalhes, a secretária de Estado referiu que as áreas do norte do país “são as que têm melhores condições para a produção eólica ‘offshore’”, sendo “natural” que se comece por aí.
Todo este planeamento, precisou, vai depender do relatório técnico do grupo de trabalho que está a ser feito e que é entregue esta terça-feira ao Governo.
“Teremos um trabalho intenso durante o verão, se queremos lançar o leilão ainda este ano, e estamos determinados a fazê-lo, o processo tem de ser célere com base no trabalho técnico”, referiu, sem querer comprometer-se com uma data para o arranque do leilão.
Antes, na sessão de abertura deste evento, o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, tinha referido já ter sido definida a proposta preliminar das zonas de instalação das torres eólicas ‘offshore’, que vão ser leiloadas por fases, e que estes leilões arrancariam ainda este ano.
À margem da conferência, a secretária de Estado afirmou ainda que a estratégia nacional para o hidrogénio vai ser atualizada, em função dos investimentos que estão na calha.
“Os fatores de competitividade do nosso país permitiram-nos atrair muitos projetos […] e neste momento diria que, face àquela que era a capacidade prevista na estratégia nacional de hidrogénio, iremos multiplicar isso por um fator de dois ou de três”, disse a governante, exemplificando nomeadamente com investimentos que incluem o SAF [sigla inglesa para combustíveis sustentáveis para a aviação].