Iberdrola inicia “pasto solar” em Portugal com cerca de 300 ovelhas
São quase 300 as ovelhas que usam os parques fotovoltaicos da Iberdrola em Portugal como local de pasto. Exemplo de economia circular, o “pasto solar” “beneficia os agricultores, que ganham novos espaços para a sua atividade; é positivo para o parque solar, pois garante a manutenção ecológica do terreno e reduz o risco de incêndio; e beneficia os animais que, além de acesso a alimento, encontram nos painéis solares proteção do sol, da chuva e do vento”, sublinha a empresa em comunicado.
Segundo a mesma fonte, foram já introduzidas 200 ovelhas no parque fotovoltaico de Algeruz II, localizado no distrito de Setúbal, a primeira infraestrutura solar concluída pela Iberdrola em Portugal, com 27 MW de capacidade instalada. O parque fotovoltaico de Conde, em Palmela, cuja construção terminou no ano passado, é usado por 70 ovelhas como local de pasto. Paralelamente, a Iberdrola está em processo de introdução de 200 ovelhas nos parques Alcochete I e II.
“Além de exponenciar a regeneração dos solos, garantir a manutenção e atividades cinegéticas e apoiar a economia local, o “pasto solar” releva uma abordagem integrada ao desenvolvimento de energias renováveis em Portugal, aliando a produção de eletricidade às práticas e necessidades das populações”, salienta o comunicado.
“Na Iberdrola trabalhamos para que as estruturas de geração de energia renovável convivam positivamente com a população, gerando emprego local e apoiando diferentes iniciativas alinhadas ao setor primário, como a plantação de vinhas ou a instalação de colmeias. O nosso objetivo é promover a transição para um novo modelo socioeconómico, climaticamente neutro, resistente, sustentável e inclusivo”, refere Alejandra Reyna, Country Manager da Iberdrola Renováveis em Portugal
Esta nova prática de pastoreio apresenta externalidades “claramente positivas” para a comunidade. “Além da criação de empregos locais, fomenta-se, assim, outros setores como a pecuária, abastecendo o solo com nutrientes e novas sementes, aumentando a biodiversidade de forma mais natural”.
Os custos de manutenção nas áreas envolvidas “são reduzidos e este controlo da altura da vegetação ajuda ainda na prevenção contra os incêndios. Uma realidade que cria um novo ecossistema em que todos ganham: os pastores, a Iberdrola e as próprias ovelhas”, conclui a nota.