Pacto da Humanidade assinado em Lisboa para um futuro mais justo e sustentável



Um Pacto da Humanidade que compromete os signatários a enfrentar os desafios globais prementes e a construir um futuro sustentável, equitativo e próspero, contando com um índice que avaliará a concretização desse objetivo, foi sexta-feira assinado em Lisboa.

Trata-se de um documento que concretiza muitos dos objetivos defendidos e propostos na Cimeira da Humanidade, que decorreu em Faro e Lisboa, desde terça-feira, juntando pensadores, artistas, líderes políticos, ativistas e promotores de justiça social.

A iniciativa foi organizada pela Muxima, um movimento que defende o direito à autodeterminação da identidade, representatividade negra e feminina, fundado pela empresária e filantropa Myriam Taylor.

O documento, a que a Lusa teve acesso, resultou da colaboração de cerca de 100 pessoas de 45 nações diferentes, os quais definiram um conjunto de objetivos a curto, médio e longo prazo e “roteiros às diferentes partes interessadas para os alcançar”, e foi assinado por alguns dos participantes da cimeira, como Siyabulela Mandela, bisneto do ex-presidente da África do Sul.

“A criação do Pacto de Humanidade baseia-se no reconhecimento de que o mundo se encontra num momento crucial da história, em que as nossas decisões e ações coletivas irão moldar a trajetória da humanidade para as gerações vindouras”, lê-se na apresentação do documento.

Este pacto pretende funcionar como “uma plataforma proativa e inclusiva que encoraja o diálogo, a cooperação e a resolução conjunta de problemas entre as diversas partes interessadas”, procurando “aproveitar o imenso potencial da colaboração, alavancando o conhecimento, os recursos e experiência dos governos, organizações e indivíduos para enfrentar os desafios interligados desafios interligados” que o planeta enfrenta.

A Cimeira da Humanidade, à qual coube promover e estabelecer este pacto, conta com a colaboração do seu comité e parceiros como o Imperial College of London, a Organização Internacional das Migrações (OIM), o gabinete do presidente da Universidade da Califórnia, a London School of Economics and Political Science, entre outros.

O Pacto de Humanidade – assinado no Padrão dos Descobrimentos, em Belém – surge como “resposta a esta necessidade crítica de ação coletiva, reconhecendo que a magnitude e a urgência destes problemas globais requerem uma abordagem abrangente e colaborativa”.

Ao assinar o pacto, os governos, organizações e indivíduos “comprometem-se a tomar ações e iniciativas específicas para enfrentar os desafios identificados. Esses compromissos podem incluir mudanças de políticas, alocação de recursos, apoio financeiro e implementação de projetos e programas”.

Para medir o grau de concretização destes objetivos, foi criado o Índice de Humanidade, “uma ferramenta de medição abrangente e baseada em dados” que serve de referência quantitativa e qualitativa para avaliar a eficácia de vários programas, políticas e ações políticas e ações tomadas por governos, organizações e indivíduos para alcançar os objetivos delineados no Pacto de Humanidade.





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