Estudantes pintam Ministério do Ambiente e deixam um plano para um serviço público de energias renováveis
Esta manhã, estudantes da Greve Climática Estudantil atiraram tinta ao Ministério do Ambiente e colaram na porta de entrada um plano para um serviço público de energias renováveis, revelaram em comunicado.
Segundo a mesma fonte, apontam o “falhanço do governo” e afirmam que o “fim ao fóssil até 2030” e a “eletricidade 100% renovável e acessível até 2025, garantindo o último inverno de gás” são “a verdadeira transição energética justa”, e só pode acontecer nos termos de “um sistema onde os governos e as instituições não sejam comandados por empresas e interesses virados para o lucro”.
“Viemos mostrar o que todos viram esta semana: quem aperta as mãos com o sistema fóssil suja-se.”, afirma Matilde Ventura, porta voz desta ação. “A corrupção é inevitável num sistema vergado às empresas, em que governos e instituições negoceiam o nosso futuro a troco de lucro”.
Referindo-se a quando, há um mês, ativistas da mesma organização atiraram tinta a Duarte Cordeiro, afirmam ainda que “torna-se claro a importância de responsabilizar o governo por se sentar à mesa com grandes empresas para negociar algo que não deveria ser negociado: a transição energética, e o nosso futuro”.
Alegam que as suas reivindicações – o fim ao fóssil até 2030 e eletricidade 100% renovável e acessível até 2025, garantindo o último inverno de gás – só poderão ser cumpridas com um serviço público de energias renováveis, com controlo público e democrático. “Esta é a única forma de parar a crise climática e de desmantelar o sistema fóssil corrupto dirigido pela lógica do lucro”, diz Matilde.
No local, uma estudante fez um discurso em que afirma que quem tem a pretensão de vir ocupar este X no futuro tem de garantir o fim ao fóssil nestes termos. “O governo caiu, mas não vai haver paz até ao ultimo inverno de gás. Qualquer que seja o governo, não vai haver paz: a crise climática não para e o nosso futuro tem de ser assegurado. Sem futuro não há paz”. “Esta é a vossa oportunidade de se pronunciarem.”, apela, “Querem acabar com este sistema fóssil ou fazer parte dele?”.
A partir de dia 13 de novembro, os estudantes vão começar uma onda de ações pelo fim ao fóssil, em que vão “parar escolas e instituições”. Prometem que ” as instituições e o sistema fóssil não vão ter paz até haver um compromisso com o nosso futuro.”