Rede de cidades quer promover empreendedorismo feminino e economia verde



A Rede de Cidades Pink Circle, que pretende incentivar o empreendedorismo feminino, através da sustentabilidade, da igualdade de género e da economia circular, foi hoje apresentada no Fundão pela Associação Business as Nature.

Na cerimónia, que contou com a presença do secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa, estiveram representadas 13 das cidades que vão funcionar na primeira fase como projeto-piloto, mas que a entidade promotora espera que, dentro de um mês, tenha 30 cidades aderentes.

Segundo a presidente da Business as Nature, Susana Viseu, a rede assenta em três pilares que terão de trabalhar de forma integrada: cidades resilientes e regenerativas, cidades circulares e eficientes e envolvimento de mais mulheres no planeamento das cidades, na resposta às situações e no seu empoderamento.

Até março do próximo ano a rede, baseada em parcerias, vai ser consolidada e vão ser definidos os critérios para a atribuição do selo Cidade Pink Circle, que terá de ter como foco “trazer as mulheres para a linha da frente”, realçou Susana Viseu.

Para a segunda fase, e depois de assinado o compromisso com as cidades envolvidas, que já não serão apenas as que vão estar incluídas no projeto-piloto, existe o objetivo de lançar um guia para o desenvolvimento de negócios no âmbito da Rede Pink Circle, promovidos por mulheres, e lançar um programa de capacitação para mulheres empresárias, “para as ajudar a identificar e a implementar esses seus negócios”, frisou a responsável.

“Queremos trazer as mulheres para a linha da frente na implementação da ação climática, na implementação das políticas de circularidade e de adaptação das cidades”, vincou a presidente da Business Nature.

De acordo com Susana Viseu, essa ajuda vai ser prestada através de um programa de mentoria e de apoio ao desenvolvimento pessoal.

Quando chegar essa altura, a responsável considerou “muito relevante haver um financiamento e disponibilidade para poder implementar os projetos, numa perspetiva de desenvolvimento sustentável”, fase para a qual conta com a colaboração do Governo.

O secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa, salientou que a Europa se dotou de competências, ao longo dos anos, para se tornar competitiva maximizando o respeito pelas questões ambientais, acentuou a necessidade de reforçar a cultura cívica dos portugueses em relação às questões ambientais, mencionou a necessidade de reutilizar matérias-primas e disse que “o empreendedorismo feminino tem todas as razões para ser um sucesso”.

“Estamos cá para acompanhar, para ajudar, para facilitar”, sublinhou o governante.

Segundo Susana Viseu, a escolha do Fundão para lançar a rede deve-se ao município ter sido o primeiro a subscrever o Manifesto das Mulheres pelo Clima e por ser um concelho que “tem tido um conjunto de políticas e estratégias de desenvolvimento muito assentes na sustentabilidade”.

O presidente da Câmara do Fundão, Paulo Fernandes, manifestou o “total empenho a este movimento” e alertou que a economia verde é uma área em crescimento, onde haverá “maior empregabilidade” e esta é uma forma de tornar a economia “mais inclusiva, justa e sustentável”.

“Esta rede inclui muitas entidades, tem uma capacidade de diálogo institucional muito forte, inclui muitas mulheres empreendedoras, empresárias e em lugares de decisão, quer no nosso país, quer fora do país, e isso é um exemplo forte para que todos nós apoiemos esta rede”, enfatizou o autarca do Fundão (distrito de Castelo Branco).





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